Na média, podemos dizer que o primeiro dia do Draft de 2024 foi morno. Obviamente, quando as surpresas aconteceram, elas foram bem escandalosas, vide a escolha de Michael Penix Jr. para o Atlanta Falcons. Mas, de resto, boa parte das escolhas foram seguras e até previsíveis. Até mesmo as trades soaram bem plausíveis, a exceção de uma ou outra.
No fim das contas, os grandes vencedores foram aqueles que souberam esperar, não se afobaram e saíram do dia 1 com bons valores para seu time, e aqui eu incluo o próprio Baltimore Ravens, que sai do Round 1 com seu novo cornerback: Nate Wiggins, do Clemson Tigers. Essa era uma das principais necessidades do time e, agora, sai devudamente endereçada.
Sobre Nate Wiggins
Você pode ouvir sobre o jogador com mais detalhes no nosso podcast ou conferir o corte que publicamos mais cedo, na data da publicação desse texto. Em resumo, Wiggins é um sujeito atlético, com boa agilidade e fisicalidade, apesar do pouco peso. Ainda assim, é um jogador de teto elevado que, tem potencial para se consolidar na titularidade. Levando em conta que o cornerback 1 do Baltimore Ravens tem 8 temporadas na liga e o outro é o Brandon Stephens, Wiggins é uma adição muito bem vinda.
Nate ainda é um jogador novo e precisa acertar algumas coisas em sua forma de jogar. A primeira e demonstrar mais interesse no jogo terrestre, algo fundamental quando se fala em AFC North. Também precisa refinar o tackleamento, algo que em Baltimore já foi um problema enorme, diga-se de passagem. Ainda assim, é alguém em quem podemos apostar nossas fichas.
Paciência é uma virtude
Outro time que se valeu dessa máxima foi o Philadelphia Eagles. Com uma deficiência na posição de Cornerback, os Eagles não se mexeram e conseguiram Quinyon Mitchell na escolha 22. Da mesma forma, o Baltimore Ravens usou da paciência para garantir o seu prospecto.
Apesar de ser uma franquia que adora acumular escolhas, dessa vez Eric DeCosta entendeu que precisava permanecer na primeira rodada. Mesmo tendo recebido OITO OFERTAS DE TROCA, segundo o próprio General manager, o time se manteve firme por entender que Wiggins era uma peça fundamental no quebra-cabeça da defesa.
Além do mais, a necessidade mais latente do Ravens, isto é, linha ofensiva, já não contava com jogadores que poderiam brilhar os olhos. Afinal, Jordan Morga (Packers), Tyler Guyton (Cowboys) e Amarius Mims (Bengals) já não estavam mais disponíveis. Dessa forma, a escolha faz sentido, considerando talento e posição no big board.
Próximos passos
Agora, entendendo um pouco a escolha e a paciência de Baltimore, é hora de lembrar que a linha ofensiva ainda carece de peças. Como é sempre bom lembrar, hoje o time possui apenas Ronnie Stanley que apresenta sinais de declínio, Tyler Linderbaum e, no máximo, o faz-tudo Patrick Mekari. Quanto aos demais, todos são uma grande interrogação, então é necessário olhar para alguém que seja sólido e dê conta principalmente, de facilitar o jogo terrestre de um time que tem esse fundamento como um grande predicado do ataque.