Pós jogo: já fomos melhores nesse tal de futebol americano

O Sunday Night Football da semana 17 claramente poderia ser um daqueles que o Baltimore Ravens decidiria o jogo em cima do erro adversário. Pelo menos no primeiro tempo, apesar de conseguir progredir bem em campo, os Steelers pareciam um tanto desligados em coisas básicas e isso favoreceu Baltimore a se colocar a frente do placar. Porém, uma vez que Pittsburgh conseguiu contornar isso, a incapacidade dos Ravens de fazer algo minimamente básico no ataque, somado à dificuldade que se teve de ganhar as batalhas nas trincheiras evidenciou como essa equipe é deficiente. No fim, a vitória do adversário foi mais que justa.

Nem no ataque, nem na defesa

Este normalmente é um duelo importantíssimo quando se fala da maior rivalidade da NFL: quem domina as linhas, domina o jogo. E foi o que faltou para o time da casa nos dois lados da bola. De um lado, a linha ofensiva de Baltimore fez o possível para conter as pressões em cima do Tyler Huntley, o que se traduziu no que talvez tenha sido o melhor jogo do Mark Andrews na partida, com 9 recepções para 100 jardas.

O grande problema aqui ficou por conta de achar os espaços para o jogo terrestre. Gus Edwards teve uma atuação apagada e J.K. Dobbins conseguiu produzir 93 jardas nas 17 carregadas que teve por ser um RB muito talentoso. por vezes o vimos se desvencilhar das pancadas e sair carregando defensores para arrumar umas jardas extras. Ainda assim, o jogo corrido sofreu para entregar resultados na última noite, ainda mais com os Steelers focados em parar a principal virtude do adversário. Isso é algo que eles vinham fazendo nos últimos jogos e foi falado em nosso preview.

E se houve problemas de um lado, do outro também. A terceira melhor defesa da liga contendo o jogo terrestre adversário cedeu 198 jardas pelo chão para os Steelers. Najee Harris sozinho, que até o momento não havia feito um jogo com pelo menos 100 jardas totais, conseguiu 111 em cima da nossa defesa. Foram 187 jardas totais dele e Jaylen Warren, o segundo principal corredor do time visitante na partida.

Mais uma vez, ela fez o que pode

Para além de não conseguir conter o jogo terrestre, a pressão, mais uma vez, foi incapaz de apressar o QB adversário. E quando chegava, parecia ter desaprendido a selar o sack. Como sempre falamos – e estamos ficando chatos por causa disso -, quando o pass rush é ineficiente, a secundária fica exposta. E quando a sua secndária tem Brandon Stephens no lugar de Marcus Peters, essa exposição fica perigosa. E foi por ali que Kenny Pickett achou os caminhos para conectar seus alvos no jogo, conquistando 168 jardas em 55,6% dos passes que tentou.

E a defesa fez o que pode para conseguir parar o time. É verdade que, no começo do texto, foi dito que Baltimore administrou o primeiro tempo muito em cima dos erros adversários. Mas é importante ressaltar a qualidade do setor defensivo com o campo curto. Por mais que o time tenha deixado que Pittsburgh marchasse em campo, permitido uma eficiência de 62% em conversão de terceiras descidas e visto o adversário converter descidas ridiculamente longas, ainda assim Baltimore limitou o ataque do outro lado a se contentar apenas com field goals.

E é nessas horas que o fator sorte entra em campo, pois se os Ravens mantiveram limitar o adversário a apenas 9 ponto até os segundos finais do último quarto, se deve também ao fato de Chris Boswell ter metido a bola no Y no seu segundo chute. Pelo ritmo que o jogo se apresentava em campo, todos imaginavam que os três pontos perdidos aí poderiam fazer a diferença no final.

Volta, Lamar Jackson!

Mais uma vez, há uma coleção de problemas no setor ofensivo que podemos atribuir ao senhor Greg Roman. Parte do fato de o Baltimore Ravens não ser eficiente na redzone passa pelas chamadas esquisitas dele quando o campo está mais curto. Entretanto, uma melhor execução das jogadas ao menos contornaria tais problemas, e é nessa hora que Lamar Jackson faz falta.

Mesmo sem um grupo talentoso de recebedores, a capacidade dele de ganhar jardas com as pernas, de ler o campo em busca de alvos em condição de receber um passe e achar recebedores em profundidade é obviamente melhor que a do Tyler Huntley. Não à toa, o camisa 2 é reserva. Um reserva com qualidade, mas ainda assim um reserva.

O fato é que com o QB titular em campo, Baltimore teria mais condições de vencer o jogo mesmo com as chamadas ruins do coordenador ofensivo. A boa noite de Mark Andrews seria melhor explorada, talvez Lamar conseguisse usar mais Sammy Watkins, com quem ele já jogou e produziu um relativo sucesso no começo da temporada passada.

O Baltimore Ravens volta a campo pro seu ultimo compromisso na temporada regular contra Cincinnati. Um jogo que talvez já não esteja valendo mais nada, caso os Bengals consigam uma vitória em cima de Buffalo no Monday Night Football pois assim eles garantiriam a vitória da divisão.

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