Frustração. Esse é uma palavra que vem imediatamente à mente quando penso na temporada de 2017. Mas, quando penso novamente, a expressão que vem à acéfala mente é outra: dores de crescimento, que foram agravadas pelas lesÔes.
Nosso torcedor menos antigo e que fez um pouco de força de entendimento, por sua vez, âdescobriuâ nesta temporada de 2017 que temos uma boa linha ofensiva e um bom QB. Uma linha defensiva que precisa evoluir, mas que em matĂ©ria de treinamento Ă© melhor que a do ano passado. Que temos opçÔes na posição de CB oposto a Josh Norman, que fizemos um draft bastante interessante e que nosso pass rush nĂŁo Ă© de se jogar fora.
TambĂ©m, que nĂŁo temos o melhor tĂ©cnico da NFL, mas temos um tĂ©cnico que vem evoluindo na franquia. Aprendendo a melhor gerenciar o relĂłgio, dando um step up no gerenciamento de pessoas, especialmente numa temporada que tivemos 14 titulares postos na Injury Reserve List. E, tambĂ©m, que o futebol americano, por ser um esporte de contato, tem â muitas â lesĂ”es durante a temporada, alĂ©m do que, utilizando a expressĂŁo vulgar em inglĂȘs, karma is a bitch.
Vimos um pequeno tabu terminar logo no inĂcio da temporada, quando perdemos para os Eagles â que seria o melhor time da NFL atĂ© a lesĂŁo de seu QB â na Ășltima bola. A seguir, mostramos a toda a NFL que os Rams eram um time explosivo mas que poderia ser contido, e que nosso tĂ©cnico nĂŁo deixa seus assistentes passarem-lhe a perna. Mostramos contra os Raiders que nossa DL era um grupo de respeito e que Ă©ramos um grupo que jogava duro, com um ataque apoiado em uma OL que estava se formando como Ăłtima, podendo ajudar a desenvolver nossos recebedores.
Contra os Chiefs, mostramos que tĂnhamos uma possibilidade de termos, sim, feito uma boa escolha de draft 2016 no WR Josh Doctson, que sofreria o ano todo com as dores do amadurecimento. Que Ă©ramos um time que, mesmo jogando em nĂvel mĂ©dio, poderia ganhar jogos na base do talento, como contra os 49ers. Vimos nossas lesĂ”es â agora em retrospectiva â acabarem com nossa temporada na semana 7, novamente contra os Eagles, porque perdemos elementos da OL e da DL para contusĂ”es, sentidas novamente na falta de eficiĂȘncia no combate ao jogo corrido contra a franquia de Dallas, contra quem jogamos em seguida.
TambĂ©m, vimos que nossa força de vontade â e o bom gerenciamento de pessoas pelo nosso HC, que citei acima â mesmo com as lesĂ”es, seria heroica, seja na vitĂłria contra os Seahawks, seja na derrota contra os Vikings. Em nossa derrota contra os Saints, vimos que nosso time estava em maus lençóis, porque nĂŁo tivemos forças â e DL â no Ășltimo quarto para garantir a vitĂłria, que viria de modo razoavelmente tranquilo contra os Giants na semana seguinte. Falta de DL que seria escancarada nas duas semanas seguintes, mais uma vez contra a franquia de Dallas e os Chargers, a primeira sendo a derrota que pĂŽs um ponto final em nossa temporada.
Os dois jogos seguintes, contra Cardinals e Broncos, apenas mostraram mais do mesmo: vitórias de um time que tinha coração, QB e técnico, mas estava manco em virtude de lesÔes, que cobraram mais uma vez o preço no jogo final, onde perdemos para o pior time de nosso calendårio, os Giants de Nova Iorque.
No final das contas, a temporada foi tudo que pensĂĄvamos antes de se iniciar. Mostramos um time que, com a manutenção da posição de QB, a adição de certas peças â especialmente MLB e um DT que possa ser disruptivo â e um pouco mais de sorte quanto Ă s lesĂ”es de futebol americano, poderemos ter um corpo de jogadores (nĂŁo gosto da expressĂŁo âtimeâ quando falamos de futebol americano) que podem tornar a franquia uma real playoff contender em 2018. Torcida nĂŁo faltarĂĄ.
Ă isso.
#HTTR
Texto por Antonio Cruz
Respostas de 2
Muito bom o texto, bem sintetizado mas que mostra o que foi a nossa temporada mesmo. Parabéns a equipe Redskins Brasil.
Excelente texto, uma sĂntese da nossa temporada que poderia ter sido melhor, mas que tem muito potencial pra ser melhor em 2018.