Sei o quanto é chato após uma vitória, surgir um texto crítico ao desempenho do time em campo. Contudo, não tem como olharmos para o que aconteceu em Arlington sem ficar irritado com a postura do time no último quarto do jogo. Quando você tem em suas mãos um dos jogos terrestres mais mortais da liga em um matchup perfeito, a dupla de tigh ends mais competente, tudo isso conduzido por um quarterback elite e ainda assim toma dezenove pontos no último quarto sem resposta, com o risco de tomar uma virada após uma liderança de 22 pontos, alegria não é um sentimento bom para traduriz esse jogo.
Indisciplina é rainha
Um dos principais fatores de irritação do torcedor com esse time de 2024 é a quantidade de faltas deixadas em campo. Pensando na lógica do esporte como ganho de território, o Baltimore Ravens tem dado uma larga vantagem para seus adversários nesse quesito. Neste jogo foram 13 faltas para um total de 105 jardas. São, NO MÍNIMO, seis pontos entregue de bandeja para o adverário só em penalidades.
Fazendo as contas, nos últimos três jogos, o Baltimore Ravens tem umamédia de cerca de 10 faltas para 93 jardas cedidas. Ou seja, é quase certeza que o time vai ceder pelo menos um touchdown apenas em penalidades para o adversário no jogo, se mantiver essa indisciplina toda em campo. É basicamente essa a diferença de placar nos três primeiros jogos da temporada. O time não está 1-2 de campanha à toa.
Conservadorismo mata.
Contra os Chiefs não foi assim porque o espírito no qual o Baltimore Ravens entra em campo nesse jogo é diferente. Agora, olhe o que aconteceu contra o las Vegas Raiders. Foram treze pontos sem resposta no último período após abrir uma liderança de dez pontos. Na partida contra o Dallas Cowboys foi ainda pior, dezenove pontos anotados pelo adversário sem que o time colocasse sequer um field goal no placar. Neste caso até tentou, mas vimos Justin Tucker meter a bola do lado direito do Y em um chutede 46 jardas.
Porém, o ponto aqui é que quem viu a partida e observou o plano de jogo na reta final, notou como o time não estava afim de agredir o adversário na reta final. No ataque, as chamada são pouco criativas,se resumindo à cartilha do Brian Schottenheimer: run, run, pass, punt.A baixa produção dos recebedores na partida é compreensível visto que o ponto fraco da defesa de Dallas é, justamente, o jogo terrestre. Mas no fim do jogo, quando a coisa começa a apertar, abrir mão dos playmakers é loucura. E não só por não só por não querer usa-los, mas quando usa, é mal planejado.
A defesa também precisa aprender a manter a agressividade durante todo o tempo da partida. pra quem prometeu violência, na parte final dos jogos essa unidade parece bem fofa. E nem é por falta de talento, pois até mesmo os apressadores de passe estão jogando bem na temporada. É uma questão de, como eu costumo dizer durante os comentários dos jogos nas redes sociais, “arriar os pneus” e se acomodar em campo, deixando o adversáriol chegar.
O Baltimore Ravens volta para casa na semana quatro e encar o Buffalo Bills, ainda na expectativa de reabilitação da temporada, depois do começo desastroso.