Pós Jogo: No fim, deu tudo certo

“Ataques ganham jogos, defesas ganham campeonatos”. Nunca uma torcida desejou tanto que essa máxima, que perdurou na NFL até pouco tempo atrás, seja verdadeira quanto a do Baltimore Ravens. Sem uma quantidade de boas peças no elenco de recebedores e chamadas que parecem uma ofensa pessoal de tão questionáveis, o jogo de hoje foi a prova de que o que vem mantendo Baltimore competitivo na disputa é o setor defensivo.

Esse passe é realmente necessário?

Demarcus Robinson quebrou o jejum e anotou um TD aéreo na partida. O único TD do Ravens, diga-se de passagem. Sammy Watkins conseguiu descolar uma recepção que rendeu 40 jardas de avanço para o time. Nunca mais vimos uma recepção de ambos ou de qualquer outro que se atreveu a recepcionar uma bola na partida, a não ser Mark Andrews, que contou com 3 no jogo, para um total de 45 jardas, e ainda perdeu a oportunidade de anotar um TD quando estava totalmente aberto na endzone. Uma pena que Tyler Huntley demorou demais para perceber e não quis arriscar depois.

Fato é que o Ravens passou pouco, e na maioria das vezes que arriscou, passou mal. Aliás, quem passou mal também foi o torcedor na penúltima campanha do time que poderia fechar o jogo e ampliar a vantagem. Poderia, não fosse a insistência do Greg Roman em querer mandar a bola pelos ares quando não convém.

O resultado dessa graça foi a devolução da bola para o adversário que começou quase no meio de campo com a chance de empatar o jogo, caso anotasse um touchdown com uma conversão de dois pontos. Ainda bem que a defesa, que teve poucos pontos negativos a se destacar na partida, conteve Atlanta nos momentos chave, limitando o adversário a apenas 3 field goals.

Corra, Baltimore! Corra!

Ao menos, ainda restou um pouco de juízo para entender que a tônica da partida seria correr com a bola. Encarando uma das piores defesas contra o jogo terrestre, Gus Edwards anotou 99 jardas em 11 tentativas de corrida, incluindo aí uma corrida de 37 jardas no terceiro quarto que colocou Baltimore na linha de 10 jardas do campo adversário – e, infelizmente, se limitou a apenas um Field Goal, como se tornou costumeiro.

J.K Dobbins, que nas duas ultimas partidas anotou mais de 100 jardas, fez apenas 59. Nesse caso, o uso do jogador foi reduzido e no segundo tempo, quase esqueceram que ele existe. No ultimo quarto, utiliza-lo mais teria sido muito útil para evitar sustos e, quem sabe, posicionar o time na zona de pontuação mais uma vez para alargar a vantagem.

A defesa precisa ficar mais esperta

Não nos enganemos: o ataque de Atlanta não é de se jogar fora. Era a terceira melhor antes da rodada começar, de acordo com o PFF e possui boas peças em Cordarrelle Patterson, Drake London e Tyler Allgeier, que foi o principal corredor do time neste domingo. E ainda assim, nossa defesa limitou os Falcons a apenas 9 pontos.

A preocupação fica pelo fato de que boa parte da produção do ataque adversário se deu no segundo tempo, quando Arthur Smith lançou mão de passes mais curtos na linha de scrimmage e bootlegs do calouro Desmond Ridder, que terminou a partida com QBR de 91,2.

Houve um momento na partida em que nos perguntávamos se o setor defensivo não teria mais resposta para tal situação. Isso, somado ao problema quase crônico de perda de tackles dos nossos jogadores, permitiu que Atlanta progredisse com mais facilidade em campo na segunda metade da partida, ofuscando a ótima atuação do time na primeira metade do jogo.

Para a pós temporada

O time volta a campo já classificado para os playoffs ano que vem contra o Pittsburgh Steelers e, talvez, conte com o retorno de Lamar Jackson para tentar arrancar de Cincinnati a liderança da divisão.

O que preocupa no momento é o que Baltimore pode apresentar quando chegar lá. Se a temporada regular terminasse hoje, estaríamos viajando até Jacksonville enfrentar os Jaguars, que nos deram um sufoco e arrancaram uma vitória que, até então, parecia improvável, mesmo Jacksonville sendo um time bem arrumado.

Há tempos, John Harbaugh promete que os problemas dos Ravens serão arrumados e, obviamente, esses consertos não vieram. Ninguém espera que Baltimore faça muita coisa na pós temporada, mas sabendo explorar o jogo corrido como deve e usando o ataque aéreo na medida em que deve ser usado, dada a falta de talento do corpo de WR, pode ser que o time apronte umas graças em Janeiro.

Ou seja, PARA DE APRONTAR GREG ROMAN!

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