Botão do pânico no Redskins: hora de apertar?
Aporanga, galera pele-vermelha brasileira!
Entramos na semana 3 da temporada e, na entrevista após a segunda derrota da temporada, Jay Gruden falou que não era hora ainda de apertar o botão do pânico quando perguntado sobre eventual demissão do coordenador defensivo Greg “Puke” Manusky.
I beg to disagree, Mr. Gruden! Irei elaborar o porquê.
OS PROBLEMAS DA DEFESA
Primeiramente, perdemos de dois rivais de divisão que, efetivamente, têm menos problemas ofensivos e defensivos que nós. Especialmente em termos de elenco, muito mais completos em termo de profundidade.
Perder esses dois jogos é o fim do mundo? Não, não é. Perder cedendo 32 e 31 pontos, do jeito que nossa defesa atuou especialmente em 5 dos 8 quartos jogados é, sim, praticamente o fim do mundo.
Porque, à exceção do primeiro quarto contra Dallas e quase todo o primeiro tempo contra Philadelphia, nossa secundária foi o reflexo do que é comumente chamado de cocô em chamas – e não só porque é um cocô, mas porque foi queimada jogada sim, jogada também, por nossos adversários.
Nossa linha defensiva não tem conseguido pressionar o QB adversário, tendo conseguido apenas um sack em cada um dos jogos. Pior que a estatística de sack: a pressão, o apressamento do QB adversário, praticamente não existiu.
Revendo os jogos, a situação é preocupante: no jogo contra os Eagles, em vários momentos, os jogadores não conseguiam ganhar no 1×1, e quase todos foram bem mal; no jogo contra Dallas, conseguimos mais pressões, mas a ausência de consistência nessa pressão acabou dando muito tempo para Dakota achar seus recebedores.
Na secundária, Josh Norman parece estar sentindo, ainda mais, o peso da idade: está levando baile de Michael Gallup, um WR de 4.51s nas 40 jardas (McLaurin fez 4.35s, para efeito de comparação), em rotas em profundidade, mesmo começando os snaps a 15 jardas da linha de scrimmage.
Os problemas de comunicação do ano passado continuam, apesar de termos trocado de técnico de defensive backs na intertemporada, com a promessa de que isso acabaria.
O DIAGNÓSTICO
Mas todos esses problemas decorrem do quê? Jogadores ou comissão técnica?
A resposta: apesar de Josh Norman estar jogando efetivamente mal, a principal culpa, em minha opinião, é da comissão técnica.
Isso porque a montagem de nosso elenco levou em conta, inclusive, a rotação de jogadores da defesa para ser feita.
Dispensamos Adonis Alexander – que foi pego no draft suplementar para ser desenvolvido e começar a jogar esse ano – , ficamos com apenas seis wide receivers (dispensamos Robert Davis dos 53, que vinha se destacando), tudo para que tivéssemos, na defesa, todas as peças necessárias, seja para rotação, seja manter a pressão no QB.
Os esquemas defensivos da secundária estão horríveis, confiando que Josh Norman ainda seja um CB de elite – o que ele só foi em 2015/2016. Landon Collins tem sido utilizado basicamente para parar corridas, quase não recuando para a cobertura, praticamente como um terceiro LB – apesar de ser muito melhor do que falam nesse tema.
No jogo contra Dallas, o CB Dominique Rodgers-Cromartie se machucou e, pela falta de peças, teve de continuar em campo. O óbvio seria Dallas explorá-lo, certo? Errado. Mantiveram-se no mesmo plano de jogo anterior, explorando a falta de cobertura de Josh Norman – e meteram pontos atrás de pontos no placar.
Ridículo. Simplesmente, ridículo. Para dizer o mínimo.
BOTÃO DO PÂNICO NO REDSKINS
Após essa catarse coletiva do lado defensivo da bola (com duas possíveis exceções: Ryan Kerrigan, que fez um jogo médio, melhorando ante o jogo 1; e DaRon Payne, que jogou 91% dos snaps defensivos – 64/70 – e foi alvo de bloqueios duplos em uns 70% desses snaps, cansando ao final), a entrevista coletiva de Jay Gruden.
Perguntado se Manusky seria demitido na segunda-feira seguinte ao jogo, ele falou a frase que é o tema deste artigo: não é o caso de apertar o botão do pânico no Redskins ainda (tradução livre).
Mas, como eu disse, eu discordo: é hora. Manusky nos iludiu depois da saída de Joe “0-16” Barry, que era tão péssimo, tão péssimo, que qualquer coisa era melhor que ele. Manusky é melhor que a anta anterior, mas tem um problema: ele é melhor apenas de Joe “0-16” Barry.
A cada temporada, vemos seus erros: chamadas equivocadas, ausência de criatividade na utilização de pacotes nickel ou dime, ausência de gerenciamento de elenco (já repararam como sempre ficamos com problemas de reposição durante o jogo, após uma lesão?), conceitos antigos, entre outros problemas.
Não dá mais. Opções para assumir a coordenação defensiva já existem no elenco de técnicos: Roy Horton (não gosto dele, mas já foi DC), Jim Tomsula (que é ótimo como DL Coach, mas parece não ser ouvido por Manusky), Rob Ryan (que, vá lá, é melhor ao menos que Manusky E Joe “0-16” Barry).
VAMOS APERTAR O BOTÃO DE PÂNICO?
E quão perto estamos de apertar esse botão do pânico?
Jay Gruden deu outra entrevista, no dia seguinte. Perguntado se a demissão de Manusky viria, sua resposta foi, aos meus ouvidos, bastante evasiva, falando sobre não ter demitido pessoas durante as temporadas, dizendo que há vários problemas, além do coaching defensivo. Não defendeu diretamente o rapaz.
Este foi o Botão do pânico no Redskins, minha conclusão: se a defesa não parar o ataque dos Bears no Monday Night Football, mesmo com a provável volta de Jonathan Allen, Manusky está fora. Eu darei graças a Gerônimo.
CONCLUSÃO
Viva Gerônimo e que Touro Sentado pare de ficar puto com o Manusky, para ganharmos dos Bears (cá entre nós: minha torcida é por um jogo 34-31, para ganharmos e ele ser demitido). Se isso não acontecer, já advirto que passarei a rezar para Tupã. Ráu!
#HTTR
texto por Antonio Cruz (tt: @fredericopisto1)
revisão por Diogo Araujo (tt: @diogoniiiii)
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Se gostou ou discordou de algo, deixe sua opinião nos comentários. Nesta segunda 23/09, enfrentaremos o Chicago Bears pelo Monday Night Football. Sendo assim, iremos debater bastante sobre a nossa querida franquia. Além disso, torcer para que este ano seja de muitas vitórias, certamente!
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“Hail to the Redskins, hail victory! Braves on the warpath, fight for old D.C.!”