Billy Donovan pode fazer o Chicago Bulls competir?

Ainda estamos no início da temporada e perguntas como essa, talvez, não tenham uma resposta clara. Entretanto, em relação a temporada do Chicago Bulls, é possível perceber inúmeras diferenças em relação as outras que nos fazem crer que esse time pode, sim, competir – principalmente após os jogos contra as equipes de L.A.

Isso não significa que o Bulls vai ser o próximo campeão da NBA. Nem mesmo que conseguirá uma vaga para os playoffs dessa temporada. Mas significa que o potencial mostrado até o momento é de um time que pode brigar por uma vaga e, futuramente, por coisas maiores.

Melhor aproveitamento de jogadores

Um dos motivos principais – e mais óbvios – para um time se tornar mais competitivo é saber tirar o máximo dos seus atletas. Detalhe esse, extremamente cobrado pelos torcedores nas últimas temporadas com Fred Hoiberg ou Jim Boylen.

Isso porque, principalmente com o último treinador, era um conceito bem escasso e que, consequentemente, atrapalhava os desempenhos individuais de cada um. Talvez, o exemplo mais claro disso seja Coby White e Lauri Markkanen. Nesse sentido, muito se criticava o Boylen por conta de centralizar, exclusivamente, o jogo em cima de Zach Lavine e sacrificar os demais jogadores do seu time.

Por mais que Lauri tenha jogado apenas quatro jogos até o momento, ele mostra um conforto bem maior em quadra do que nas últimas temporadas. E, acima de tudo, entende perfeitamente quando é a sua hora de decidir ou não.

Além disso, Coby White teve uma evolução, técnica e numérica, bem relevante para essa temporada. Numericamente falando, essa evolução passa muito por conta da mudança que Billy fez ao colocá-lo como armador do time. De início, é natural que o jogador estranhe, mas ele parece estar se acostumando.

E isso reflete diretamente em seus números. Para se ter ideia, na última temporada, Coby contribuía com 13 PPG (pontos por jogo), 3,5 rebotes e 2,7 assistências. Já nessa, seus números são de 17,3 PPG, 5,2 rebotes e 6,2 assistências. Ou seja, principalmente nas assistências, o número relativamente maior reflete em ele ter mais a bola nas mãos do que na última temporada.

Mais organização e competência

Em nova temporada e com novo técnico, o Chicago Bulls vai mostrando evoluções interessantes. Mas, é o bastante para competir?
Foto: Nick Wass / AP

Necessariamente, organização e competência andam lado a lado. Se há organização, mas não há competência, um time não finalizará seus ataques da maneira correta. Por outro lado, se há competência e não há organização, seus ataques dependerão exclusivamente de lampejos individuais de cada atleta. E era exatamente isso que acontecia nas temporadas passadas.

Enquanto treinava o Chicago Bulls, Boylen era fortemente criticado por conta de algumas chamadas em campo. Normalmente, suas jogadas em “clutch time” terminavam sempre indo, de alguma forma, para as mãos de Zach LaVine.

Mas o problema maior disso não é esse fato. Até porque, é natural acontecer isso. Mas sim como a jogada era construída sem criatividade, bloqueios necessários e utilização completa do tempo. Ou seja, o que facilitava a leitura e contestação das jogadas pelos adversários.

Nesse ponto, já conseguimos ver um certo avanço para esta temporada. Isso porque, ter Coby White e LaVine em grande fase amplia suas possibilidades e, principalmente, confunde o adversário.

Além disso, Billy Donavan parece entender melhor seus jogadores e isso reflete em jogadas durante o jogo inteiro. É notório em como os espaços ofensivos da quadra são preenchidos de maneira melhor e as jogadas fluem mais “naturalmente”. Ou seja, sem precisar de lampejos individuais a todo instante.

Números ofensivos

Foto: reprodução

Tais fatos acima se comprovam quando olhamos os números ofensivos do Chicago Bulls dessa temporada em comparação com a última. O mais expressivo talvez seja a comparação de pontos. Enquanto na última temporada o Bulls ocupou o posto de quarto pior ataque da liga (106,8 PPG), nessa, é o sexto melhor (116,1 PPG).

Além disso, a própria porcentagem de arremessos (FG) mostra um aumento significativo de uma temporada para a outra. Se na passada Chicago tinha o quinto pior aproveitamento (44,7%), nessa temporada tem o nono melhor (47,7%). Talvez, em porcentagem, não seja tão grande, mas em quadra faz total diferença.

Isso, consequentemente, mostra uma melhora não só em retirar o máximo dos seus atletas, mas também uma melhora nas escolhas de arremessos durante uma partida. O que, naturalmente, deixa qualquer equipe mais competitiva.

Além desses números, LaVine ainda é líder da equipe (27,7 PPG) e parece assimilar melhor as ideias do seu novo Head Coach. Além de uma evolução no que diz respeito às suas escolhas em quadra, ele segue sendo o responsável por fazer as coisas acontecerem quando a situação aperta.

O que precisa melhorar

Em nova temporada e com novo técnico, o Chicago Bulls vai mostrando evoluções interessantes. Mas, é o bastante para competir?
Foto: reprodução / NBC Sports

Mas, nem tudo ainda está perfeito. Alias, longe disso. Defensivamente o Bulls ainda comete alguns erros – individuais e coletivos – que precisam mudar o quanto antes. Seja numa troca de marcação, falha na hora de executar marcação em zona ou até mesmo baixa proficiência na marcação individual, algumas coisas precisam de resolução se quiserem brigar um pouco mais alto.

Para se ter uma ideia, a franquia de Illinois é a terceira pior quando o assunto é pontos cedidos por jogo. No total, são 121,1 PPG, ficando empatado com o Kings e à frente apenas de Wizards (121,3 PPG).

Além disso, outra coisa que parece não ter tido grandes avanços em relação a temporada passada são os números de turnovers por partida (TO). Mesmo com a evidente melhora em tomadas de decisão e escolha de arremessos, as perdas de posse e erros com a bola seguem sendo um fantasma para esse equipe. Chicago é o 14º pior da liga no quesito e tem médias de 14,3 TOs por jogo, Na temporada passada, eram 14,6, mas ocupava o posto de 7º pior.

Enfim, são mudanças que devem acontecer com o tempo. Afinal, assim como em qualquer esporte, um técnico precisa de tempo para implementar todas as suas ideias, e não seria diferente no basquete. Ele é um treinador, não Jesus Cristo para fazer milagre da noite para o dia.

Mas, nesse caso, os pontos positivos são mais evidentes que os negativos. Ou seja, o torcedor do Chicago Bulls, que não vê um time competitivo a tanto tempo, pode voltar a se animar com as perspectivas para o futuro.

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