Com 4 vitórias e uma derrota até o momento, pode-se dizer que o Green Bay Packers, liderado por Aaron Rodgers, já causa certa surpresa na temporada de número 100 da NFL, e volta a animar seus torcedores após duas temporadas caóticas, sem sequer se classificar para os Playoffs, e enxergar sua hegemonia na NFC North ir por água abaixo com a acensão dos Bears, principal rival dos Cheeseheads, e dos Vikings, que inclusive chegaram à final da conferência nacional há duas temporadas.
Com todos esse fatores que cercaram as últimas temporadas em Green Bay, era nítido que mudanças deveriam acontecer; e de fato aconteceram. Durante a pré-temporada, o novo GM da franquia, Brian Gutenkust, fez boas negociações e, visando principalmente o fortalecimento de sua defesa e da linha ofensiva; fez com que sua equipe pudesse voltar a ser competitiva dentro e fora da conferência.
Expectativas

Desde seu jogo de estreia, a equipe de Matt LaFleur demonstrou uma intensa evolução defensiva em relação à temporada passada; e após cinco rodadas, o sistema defensivo de Mike Pettine segue confirmando sua mudança de postura; que muito se passa pelas boas atuações de Preston e Za’Darius Smith.
No entanto, nem tudo são flores na defesa de Pettine. Se por um lado a secundária dos Packers tem demonstrado uma boa solidez e o pass rush da equipe tem sido eficaz ao pressionar o quarterback adversário, sendo quase os responsáveis totais das vitórias da equipe até o momento, é nítida a dificuldade dos ‘Cabeças de Queijo’ quando é necessário combater o jogo corrido.
Tirando a primeira partida da equipe, contra o ataque desorganizado e desestruturado do seu maior rival, o Chicago Bears; Green Bay tem sofrido absurdos contra o jogo terrestre das equipes adversárias. Desde a segunda rodada, frente aos Vikings, foram 645 jardas cedidas aos corredores adversários; uma média de 161,25 por partida.
Sendo assim, não adianta muita coisa ter um sistema defensivo sólido até certo ponto, se as trincheiras pecam constantemente, deixando a bola mais tempo com seu adversário e diminuindo as chances de pontuação para um ataque que ainda não passa total segurança a seus torcedores.

Além disso, por mais que a Linha Ofensiva dos Packers também tenha sido reforçada para esta temporada e de fato mostre uma pequena evolução, dando mais tempo para Aaron Rodgers lançar, o quarterback ainda não encontrou a sintonia perfeita com seus recebedores, o que coloca o ataque da equipe do norte entre os piores ataques da competição.
Portanto, fica evidente nesta temporada que, de fato, Rodgers não brincou ao declarar que não queria se importar mais com números individuais, e se concentraria apenas em vencer. Sendo assim; caso Matt LaFleur consiga achar a estabilidade ofensiva de sua equipe, que já possui uma defesa sólida; é possível sonhar que o Green Bay Packers possua uma temporada de gala num ano tão emblemático tanto para o esporte, quanto para o time.