A primeira semana da NFL e os protestos por igualdade

Como já dizia o poeta:

Via Instagram

Durante a abertura da temporada 2020 da NFL na última quinta-feira, no jogo entre Kansas City Chiefs e Houston Texans, os jogadores dos Chiefs foram interrompidos por vaias de seus próprios torcedores. As vaias ocorreram ao tentarem fazer um minuto de silêncio pela luta em defesa da igualdade.

Cenários e plataformas

Após sete meses de hiato, com o mundo enfrentando o COVID-19, o time que acabou de conquistar o Super Bowl liderado pelo melhor jogador da liga, foi vaiado num TNF. Isso, por alguns pouquíssimo torcedores que puderam estar no estádio (em decorrência da pandemia, apenas 30% da capacidade foi liberada).

Num momento desses, que devia estar sendo celebrada a volta da temporada, isso não é tão somente uma cena lamentável. Mas, um reflexo e um reforço da ignorância dos que não enxergam a desigualdade social e racial.

Desde Colin Kaepernick, em 2016, o uso da NFL como uma plataforma de protesto tem aumentado. No entanto, o que acontece é uma inversão de foco. Ao invés da problemática ser a violência, a desigualdade e o racismo, o que fala mais alto é o desrespeito à bandeira e aos americanos.

Sem tempo pra desculpas

Em junho de 2020, o comissário da NFL, Roger Goodel admitiu que a liga estava errada em se posicionar contra os protestos e que deviam ter ouvido Kaepernick. No último dia 13, Colin Kaepernick veio através do twitter ressaltar que, além dele, o companheiro de luta Eric Reid, também tem sofrido com o boicote da liga. Isso tudo em razão do ato de ajoelhar durante o hino dos Estados Unidos durante a temporada de 2016.

No entanto, não sem dar espaço para a volta de Kaepernick. Alega-se que o QB não teria lugar, já que seu rendimento já não era o mesmo. Nota-se uma postura totalmente desprovida de apoio à causa. Pois, qual é a razão, além de boicote, para Eric Reid, que é um dos melhores defensores da liga, não estar contratado por nenhuma das 32 franquias?

O problema na NFL tocar Lift Every Voice and Sing depois do hino nacional e “permitir” protestos sem punição agora, é que não existe uma veracidade na situação. Até porque, a liga ainda se beneficia dos mesmos padrões de controle, ao invés de implementar a igualdade.

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