1ª rodada dos playoffs da Conferência Leste: o que aprendemos até agora?

Cleveland Cavaliers 4×0 Miami Heat

Para quem duvidava, Cleveland realmente se provou um contender para o Larry O’Brien Trophy. Com um ataque muito bem orquestrado por Darius Garland (que ainda ficou de fora dos jogos 3 e 4) e Donovan Mitchell, a equipe de Ohio também viu seus coadjuvantes sendo muito eficientes tanto no garrafão quanto nas bolas de 3. Evan Mobley, Jarrett Allen, Max Strus, Sam Merrill, entre outros, auxiliaram em todas as vitórias, especialmente a de 55 pontos de margem na noite desta segunda.

Pelo lado do Heat, fica a frustração de ter um elenco jovem e com peças interessantes, mas novamente pecar na eficiência ofensiva – tendo cometido diversos turnovers – e ceder muitos pontos no garrafão. Se ainda quiser aproveitar os melhores anos de Bam Adebayo e Tyler Herro, Pat Riley terá que trazer jogadores de alto nível que não vêm desde a chegadade Jimmy Butler, em 2019 (alô Kevin Durant).

Boston Celtics 3×1 Orlando Magic

Olha, aqui fomos surpreendidos. Apesar da série estar muito bem encaminhada para Boston, Orlando trouxe diversas dificuldades para o time de Massachusetts. Um grande alerta para o Celtics é a dificuldade que teve de pontuar nos 4 jogos contra o Magic, não tendo conseguido até agora chegar a marca de 110 pontos na série. Além disso, um alerta é a necessidade do elenco de apoio performar mais do que estão para ajudar Jayson Tatum (que ficou fora do jogo 2 e só engrenou na série a partir do jogo 3) e Jaylen Brown (que vem fazendo série honesta), além do time como um todo ser mais eficiente nas bolas de 3.

Por parte de Orlando, a série praticamente está perdida. Entretanto, deve-se encará-la com muita felicidade, esperança e a noção de que houve uma experiência adquirida pelos seus jogadores. Com a esmagadora maioria do elenco do Magic sendo de jogadores jovens, performar em um nível tão alto contra o atual campeão da NBA passa uma mensagem bem clara para o resto da liga assim como OKC e Minnesota fizeram: “se preparem, estamos chegando”

New York Knicks 3×1 Detroit Pistons

Amigos, que série é essa?! Com 4 jogos de altíssima intensidade e muitas polêmicas, como a falta não marcada para Detroit no jogo 4 que deu a vitória para NY, Knicks e Pistons nos teletransportam diretamente para o fim dos anos 90/início dos anos 2000 com uma pegada old school do jogo e da rivalidade.

O Knicks está passando mais sufoco do que imaginava, mas respira aliviado de ver Jalen Brunson jogando no seu mais alto nível, com médias de 33 pontos e 8 assistências nessa série. Além dele, Karl-Anthony Towns, OG Anunoby e Mikal Bridges também vem tendo papéis importantes nos jogos.

Já os torcedores dos Pistons, não tem do que reclamar do time nesta temporada. Saindo de um looping de temporadas horríveis, a franquia de Michigan conseguiu um 6 lugar no Leste e mostrou que tem um futuro promissor pela frente. Um único de ponto de atenção, é que há a necessidade de trazer um scorer que auxilie Cade Cunningham, para que o armador não tenha que carregar esse ataque sozinho, já que ele tem 10 pontos a mais de média do que o segundo maior cestinha da equipe na série, Tobias Harris (25.8 a 15.8).

Indiana Pacers 3×1 Milwaukee Bucks

Talvez a única série dessa 1ª rodada de playoffs que esteja sendo uma completa decepção. O que muitos esperavam que era um embate com potencial de 7 jogos, acabou se tornando uma orquestra regida por um time só: o Pacers. Apesar de fazer um ótimo jogo 3, o Bucks perdeu os outros três jogos da série por um total de 55 pontos de diferença e dá praticamente adeus ao título.

Primeiramente, vamos comentar sobre como Indiana se tornou um time muito cascudo nas últimas temporadas. Apesar de considerarmos Tyrese Haliburton o líder da equipe (o que não deixa de ser verdade), a realidade é que esse time é forjado em um conceito coletivo muito bem definido. O técnico Rick Carlisle ainda conta com Pascal Siakam, Myles Turner, Andrew Nembhard, Aaron Nesmith e T.J. McConnell tendo suas funções muito bem executadas.

Já na visão dos Bucks, a coisa está feia. Damian Lillard rompeu o tendão de Aquiles após uma volta de lesão um pouco antecipada e só deve voltar às quadras depois no começo da temporada de 2026/27 (ou seja, fora da próxima temporada inteira). Além disso, há um crescente clima de despedida de Giannis Antetokounmpo, com eventuais rumores de troca crescendo cada vez mais. Com um elenco de apoio que não consegue entregar como as melhores equipes da NBA conseguem, será que chegou ao fim a passagem vencedora de Giannis por Milwaukee?

Por Bruno Oliveira

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