Análise: O que o Chicago Bulls precisa fazer para voltar ao topo?

Desde o fim da dinastia da Michael Jordan e cia em 1998, o Chicago Bulls nunca mais foi o mesmo; e por mais que a gestão de John Paxson tenha tido alguns picos de bons rendimentos em quadra, a grande parte dela, desde 2003, foi marcada por escolhas precipitadas e mal feitas, o que tem impedido o Bulls de voltar ao topo.

Alguns picos de competitividade

É verdade, no início do seu trabalho frente aos Bulls, a equipe teve alguns lapsos de competitividade figurando na pós-temporada e até mesmo eliminando favoritos; como o atual campeão Miami Heat, na temporada 2006/07. Além disso, obviamente não poderíamos deixar de citar o “Fenômeno Derrick Rose”. Draftado em 2008 pelos Bulls; Rose foi responsável por liderar a equipe de Chicago às finais de conferência da NBA em 2011 pela primeira vez após o título de 1998; além de ser eleito o MVP da temporada, se tornando o mais jovem jogador a conseguir tal fato.

No entanto, os seis vezes campeões da NBA não passaram disso. Foram varridos nas finais de 2011 pelo Miami Heat de Lebron James e Dwyane Wade, e depois disso não chegaram mais às finais. Além disso, após 2011 o MVP mais jovem da NBA sofreu com inúmeras lesões nas temporadas seguintes; o que precocemente interrompeu o possível sonho de ser campeão com os Bulls.

Com a decorrente situação e a tensão já instalada entre a diretoria dos Bulls e o atual treinador, Tom Thibodeau, a equipe de Chicago escolheu apostar no jovem Fred Hoiberg para treinar a equipe em 2015. Logo no seu primeiro ano, o treinador ficou fora dos playoffs com o Chicago; que não marcaria presença na pós-temporada pela primeira vez depois de oito anos.

Portanto, as críticas sobre o modelo de treinamento de Hoiberg à frente de uma das maiores franquias da NBA já começavam a aparecer constantemente e a temporada seguinte seria crucial. Por isso, montou um elenco estrelado com Rajon Rondo, Dwyane Wade, Jimmy Butler e companhia; mas a decepção foi a mesma. Classificando aos playoffs no último suspiro, os Bulls não foram capazes de suportar o primeiro colocado Boston Celtics e, desde então, nunca mais voltaram à pós-temporada.

O que fazer para voltar ao topo?

Em junho de 2017 o Bulls, teoricamente, começou a moldar sua reconstrução, trocando Jimmy Butler por Zach Lavine e Kris Dunn; além de selecionar Lauri Markkanen no draft daquele ano. Por mais que a base do time fosse promissora e talentosa, os pecados de Fred Hoiberg continuavam a atormentar a equipe e o treinador foi (finalmente) demitido em 2018.

No entanto, pode-se dizer que o principal defeito de Chicago ainda se encontra na sua direção, com Gar Forman e John Paxson, e (novamente) no seu treinador, Jim Boylen. Por mais que Boylen seja mais ativo nos cantos da quadra e cobre muita raça de seus jogadores, diferentemente do que era Hoiberg; ele ainda peca muito em suas escolhas técnicas e táticas da equipe, comprometendo o rendimento dela. E, de novo, a direção de Chicago se mostra submissa e sem saber o que fazer para mudar o patamar da franquia.

Entretanto, em meio a tais problemas, a luz no fim do túnel para os torcedores do Bulls é justamente colocar toda a fé possível nos garotos do roster. Afinal, que a base deste time é extremamente talentosa todo mundo sabe e eles tem mostrado isso constantemente na temporada; mesmo com todas as más escolhas do atual treinador.

Uma equipe formada por Zach Lavine, Coby White, Lauri Markkanen, Wendell Carter Jr., Otto Porter e companhia é de um extremo potencial que, se explorado corretamente, pode gerar grandes frutos para a franquia. Entretanto, para que isso aconteça, é extremamente necessário que a torcida também não seja conivente com o que está no extra-quadra.

O futuro dos Bulls passa diretamente por uma mudança na atual filosofia de jogo e, possivelmente, na mudança da gestão que se encontra por lá. Com uma filosofia que explore o melhor que cada jogador tem para oferecer, Chicago pode virar o jogo para si e atrair os olhares de bons atletas que serão free agents nos próximos anos. Mas para isso, é necessário que a equipe convença em quadra e seja vista como grande promessa para um futuro próximo.

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