Talvez seria sensato deixar esta postagem em branco, pois não há nenhuma novidade aqui. Para aqueles torcedores calejados, o que aconteceu no Highmark Stadium parece um dejàvú. Entretanto, se você está se aventurando a torcer agora para o Baltimore Ravens, prepare-se para a montanha-russa de sensações. Nesse caso, quase sempe a que vai se sobressair é a frustração e a raiva, porque não basta perder: tem que perder de forma irritane.
Sempre o Baltimore Ravens
Todo ano, aparece uma estatística absurda a respeito de times que times que fizeram tantos pontos nunca perderam ou times que sofreram tantos pontos e/ou cederam tantas jardas, da forma que for, nunca venceram. Daí aparece o Baltimore Ravens para quebrar a escrita, porque o time parece incapaz de manter um plano de jogo consistente para fechar jogos contra adversários muito fortes ou muito fracos. E ao colocar fracos no balaio, lembrem-se da derrota mais recente para o Jacksonville Jaguars.
Àquela altura do campeonato, Jacksonville parecia não brigar por mais nada. O Baltimore Ravens se impôs e ainda assim conseguiu ceder a vitória para os Jaguars.
Fora isso, podemos lembrar de todas as vezes que, apesar da vitória, o time se complicou desnecessariamente, achando que o jogo já estava ganho e colocando o time para pegar mais leve. Também podemos lembrar das chamadas questionáveis no ataque, quando era só queimar o relógio, mas a jogada parecia querer inventar a roda.
Um cemitério de veteranos da defesa
Earl Thomas, apesar da idade avançada, não era tão ruim. Porém, não desenvolveu bem em Baltimore, arranjou problemas e foi embora. Já Marcus Williams não era um sujeito problemático. Muito pelo contrário, sempre pareceu ser um atleta ético e profissional. Mas que também veio para matar sua carreira em Baltimore, após anos bem-sucedidos no New Orlans Saints.
Hoje, o que vimos de Jaire Alexander acendeu um alerta. O jogador fez uma estreia muito aquém da sua capacidade dentro de campo. Tanto é que o seu lance mais notório foi justamente uma interferência de passe que deu vida nova a uma campanha de Buffalo que poderia terminar com, no máximo, um field goal.
Enquanto isso…
Após reclamar tanto daquilo que deu errado, é importante reclamar também do que deu certo. Por exemplo, a participação de DeAndre Hopkins. A despeito do que foi falado sobre sua colaboração no time, parece se mostrar peça fundamental. Foi pouco acionado, é verdade, mas sua primeira aparição já ficou marcada como um dos lances mais bonitos da rodada: um touchdown ao estilo one-handed catch.
Lamar Jackson e Zay Flowers parecem cada vez mais afinados. Em uma partida praticamente sem tigh ends em campo, um wide reciever de calibre era fundamental, e foi o que Zay Flowers entregou, sendo praticamente o unico recebedor de ofício do time com muitos alvos, já que os passes quase todos eram neles ou usando os running backs. Isaiah Likely ainda está tratando a lesão no pé e Mark Andrews foi mais bloqueador do que qualquer outra coisa.
O rei!
Quanto a Derrick Henry, é gastar caracteres com o que todo mundo já sabe. É verdade que o fumble pode ter custado a vitória, mesmo que este seja só um detalhe no meio de tantos outros fatores ao longo da partida. Isso não tira o brilho do que ele entregou em campo, correndo para mais de 160 jardas e anotando dois touchdowns no jogo. Sem dúvida, ele e Lamar Jackson formam o melhor duo de QB e RB da NFL atual.
Por isso e muitas outras coisas, esse time merece um Super Bowl. Mas se não houver uma mudança de cultura, fica difícil acreditar que isso será possível. Por isso mesmo, a torcida já começa a temporada 2025 pedindo a demissão de John Harbaugh. Parece que o técnico do Baltimore Ravens vai finamente sentir a cadeira esquentar.
O Baltimore Ravens volta a campo no domingo que vem, em casa recebendo o Cleveland Browns, em um novo encontro com Joe Flacco.