Pensamentos Quase Acéfalos: E o Haskins, hein? E o Draft 2021?

Pensamentos Quase Acéfalos: Haskins e o Draft 2021

“Viva o WASHINGTON FOOTBALL TEAM!”

APORANGA, nação uóxintoniana futeboliana timeniana!

Pensamentos quase acéfalos está de volta, agora trazendo a grande polêmica do momento: E O HASKINS, HEIN? E O DRAFT 2021? Vamos tentar responder essas perguntas da forma mais (ou menos) analítica possível. Dwayne Haskins foi nossa escolha de primeira rodada no NFL Draft 2019, e trazia algumas questões junto com ele. Especialmente sobre o pouco período em que ele foi titular em Ohio State, e que somente se efetivou como um prospecto de sua posição para a NFL durante a segunda metade da temporada 2018 do College Football.

Prós e Contras

Como as avaliações são muitas, feitas por vários lugares da internet, repasso aqui os maiores prós e contras com relação à sua avaliação como prospecto.

Prós: Talento de braço inegável, com um release rápido, que sabia trabalhar o meio do campo em lançamentos curtos e médios, com bastante acurácia; aprendizado rápido durante a temporada. Ativo no pocket, apesar da falta de agilidade lateral, esperando rotas se desenvolverem, executando também rollouts de forma eficiente.

Contras: Apenas um ano como titular, com pouca exposição em lançamentos de maior precisão, bastante necessários na NFL. Dificuldade de timing, não tentando muitos lançamentos longos (+20 jardas); talento limitado como corredor, com pouca habilidade de scramble; certa lentidão em leituras, necessitando desenvolvimento nesta área. Tendência a fixar na primeira leitura e telegrafar passes.

Esse era o prospecto Haskins.

Com essa avaliação – quase unânime – como prospecto, era também quase consenso que deveria ser draftado e aguardar no banco, aprendendo o jogo da NFL, mas seu upside era bastante interessante. Seu teto era entendido quase como um novo “Big” Ben Roethlisberger, desde que houvesse paciência com o prospecto.

All we need is just a little pacience

A palavra é essa: paciência. Se possível, que ficasse uma ou duas temporadas no banco, como Aaron Rodgers ou Patrick Mahomes, já que era um prospecto cru. Quão cru? Cru a ponto de você pedir um bife bem mal passado e devolver com a frase “bem mal passado, mas pelo menos ponha no fogo alguns segundos, garçom”.

Contrariando as previsões e recomendações, Haskins acabou entrando como titular em 7 jogos na sua temporada de estreia, em 2019, dentro de um esquema para o qual não treinou durante toda a pré-temporada, passando ainda por uma mudança de head coach.
Mesmo assim, fez jogos passáveis, como contra os Giants na semana 16 de 2019, também ajudando – ou não atrapalhando – as vitórias contra Lions e Panthers durante a temporada.

Pensamentos Quase Acéfalos Haskins
Quarterback do Washington Football Team, Dwayne Haskins Jr #7, durante jogo contra o Cleveland

O que se viu foi sua evolução – bastante lenta, mas constante – durante todos os jogos que foi titular (semana 9 até semana 16), chegando no ápice na última semana, quando saiu do jogo machucado (ou poupado) após lançar dois touchdowns e nenhuma interceptação e mostrar flashes de bom football.

As expectativas para esta temporada, assim, tendo em vista o último jogo que atuou, eram maiores. Porém, após 3 jogos, vemos ainda um Haskins no máximo pífio, com pouquíssimos momentos dignos de um franchise QB da NFL. E isso é preocupante? Sem mais delongas, é.

Stats, oh stats

Quão preocupante? Essa é toda a questão. Quando você pega o que era o prospecto Haskins, nota-se que ele teve uma queda na acurácia de seus lançamentos. Isso é ruim. A precisão de lançamentos é, em termos estatísticos, o único aspecto que pode ser medido em grandes QBs.

Esqueça o que você lê e ouve por aí em outros blogs e sites sobre futebol americano, que fulaninho “X” é ótimo sob pressão. TODOS os QBs têm variação errática ano a ano quando se verifica essa estatística. Qual é a constante que separa os fQBs dos QBs medianos/ruins? Acurácia sem pressão.

E nessa estatística, temos visto overthrows a rodo pelo nosso QB, além de um posicionamento de lançamento não tão bom. E isso é ruim. Por outro lado, nos aspectos ruins de seu scout como prospecto, Haskins tem mostrado que, se preciso, consegue se virar em scrambles. Não com consistência: por exemplo, houve 2 sacks no jogo contra os Cardinals que ele correu nos braços dos pass rushers. Mas esse é um aspecto que ele melhorou.
Há fatores que podem fazer com que ele ainda venha a melhorar, que não estão presentes até o momento? Há. Ele é um prospecto cru que precisou, de um ano para outro, adaptar-se a um novo playbook, nova linguagem, novos técnicos. Isso nunca é bom – lembrem que Alex Smith sofreu com isso em todos os anos, até que floresceu em 2013 (foi draftado em 2005, lembrem-se!) nos Chiefs.

A esperança é a última…

Pode melhorar, portanto? Pode. Entretanto, aqui temos outra questão: você apostaria nisso? A resposta é mais complicada que a pergunta e o simples enrolar para responder já mostra que minha resposta para a segunda pergunta é não. Mas temos outra aposta para fazer, hoje, no elenco? Essa é mais simples: também não.

Então, para este torcedor quase acéfalo, pê da vida após um jogo ruim de nosso QB, tudo se resolve com a resposta a essa última pergunta: se eu não tenho aposta no elenco para fazer nesse momento, tudo que me resta é ter esperança que a evolução que Haskins demonstrou em seu único ano de College apareça, juntamente com a volta da acurácia que ele tinha naqueles tempos.

Esperança que não é otimismo. É apenas um sentimento que não morre, porque essa franquia é a dona do meu coração. Torçamos, pois. Este foi o Pensamentos Quase Acéfalos: Haskins version.

APORANGA!
#HTTWFT

texto por Antonio Cruz (tt: @fredericopisto1)
revisão por Diogo Araujo (tt: @diogoniiiii)


__
“..Hail victory! Braves on the warpath, fight for old D.C.!”

Todos os conteúdos publicados neste site são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões e posicionamentos da FN Network.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

NOTÍCIAS RELACIONADAS

CollegeCast #248: Preview The American, Parte 2 - Mapa pro tesouro pirata!
CollegeCast #248: Preview The American, Parte 2 – Mapa pro tesouro pirata!
Os 6 Aneis - SB XL
BlackYellowBR 529 – Os Seis Anéis EP5 – Super Bowl XL
Hard Count Podcast - Episódio 222 - Tier list defesas para 2025
Hard Count Podcast – Episódio 222 – Tier list defesas para 2025
INDIANAPOLIS, IN - JUNE 22: Shai Gilgeous-Alexander #2 of the Oklahoma City Thunder celebrates winning the Bill Russell NBA Finals Most Valuable Player trophy after winning Game Seven of the 2025 NBA Finals against the Indiana Pacers on June 22, 2025 at Gainbridge Fieldhouse in Indianapolis, Indiana. NOTE TO USER: User expressly acknowledges and agrees that, by downloading and or using this Photograph, user is consenting to the terms and conditions of the Getty Images License Agreement. Mandatory Copyright Notice: Copyright 2025 NBAE (Photo by Logan Riely /NBAE via Getty Images)
Oklahoma City Thunder campeão da NBA: Apenas o começo?
Arte 354
Lambeau Leapers #354 – Analisando o Roster
podcast-cream
BlackYellowBR 528 – Os Seis Anéis EP4 – Super Bowl XIV
Ep 247: O doce som dos bastões de metal! (com João Oliveira, ex-Rebatida Podcast)
CollegeCast #247: O doce som dos bastões de metal! (com João Oliveira, ex-Rebatida Podcast)
qsqoymoz1jiwzhz1pnbn
Florida Panthers bicampeão da NHL: inicia-se uma dinastia?
Hard Count Podcast - Episódio 221 - Tier list ataques para 2025, NFL no Brasil e Superliga CBFA
Hard Count Podcast – Episódio 221 – Tier list ataques para 2025, NFL no Brasil e Superliga CBFA