Após semanas de altos e baixos, Green Bay se prepara para enfrentar os Bengals e reencontrar o equilíbrio na temporada. Torcedores e time precisam ajustar o olhar sem exageros.
De volta ao normal
A Bye Week passou. E, com ela, chega aquela sensação de que é hora de colocar os pés no chão.
É momento de deixar as brincadeiras de lado — ou pelo menos tentar — e, acima de tudo, voltar ao normal nas expectativas.
Até aqui, a temporada dos Packers tem sido uma montanha-russa. De um lado, a chegada de Micah Parsons levantou o astral e trouxe esperança de dias melhores. Por outro lado, as vitórias sobre Lions e Commanders pareciam confirmar que o time estava pronto pra brigar entre os grandes.
No entanto, como quase sempre acontece na NFL, a empolgação durou pouco. Logo depois, vieram uma derrota vergonhosa pros Browns e um empate frustrante com os Cowboys.
Portanto, é hora de respirar fundo e buscar o equilíbrio. Nem o time imbatível do começo, nem a bagunça das últimas semanas. O caminho está mais no meio — e tudo bem ser assim.
A pausa que fez bem
De certa forma, a semana de folga veio na hora certa.
Ela serviu para o time reorganizar a casa, recuperar jogadores e colocar a cabeça no lugar. Além disso, serviu para a torcida dar uma desacelerada e refletir sobre os últimos resultados.
É verdade que o histórico dos Packers depois da Bye Week não é dos mais animadores. Ainda assim, o contexto atual ajuda: o próximo jogo será em casa, contra os Bengals sem Joe Burrow.
Dessa forma, o cenário é ideal para aproveitar a oportunidade de voltar a vencer e, ao mesmo tempo, recuperar a confiança perdida nas últimas semanas.
Entre o sonho e a realidade
Se olharmos com atenção, as primeiras semanas mostraram um Green Bay empolgado, agressivo e competitivo. Por outro lado, as últimas semanas mostraram um time confuso, travado e errando o básico.
No fundo, o verdadeiro retrato está entre esses dois extremos.
Ou seja, os Packers não são a potência invencível que pareciam ser no começo da temporada. Mas, igualmente, estão longe de ser o grupo desorganizado que vimos nas últimas rodadas.
Esse elenco é jovem, cheio de talento, mas ainda em construção. Por isso, vai errar, vai oscilar — e isso faz parte do processo.
O problema surge quando a gente, como torcedor, acredita que cada vitória é um sinal de título e cada derrota é o fim do mundo.
Assim, a realidade mostra que expectativa exagerada só atrapalha, assim como o pessimismo precoce. O segredo — tanto para o time quanto para a torcida — é encontrar o ponto de equilíbrio.
Olhando pra frente
Além disso, a Bye Week serve para reflexão.
É natural se empolgar nas vitórias e se irritar nas derrotas — afinal, isso faz parte do futebol americano. Mas, quando tudo vira 8 ou 80, fica difícil enxergar o que o time realmente é.
Contra os Bengals, o favoritismo existe. Contudo, ele não ganha jogo sozinho.
Na NFL, é o campo que fala. Somente o placar final, quando o cronômetro zera, decide quem foi melhor. Portanto, o resto é conversa de meio de semana.
Domingo é dia de torcer
Agora, com a pausa acabada, o foco volta para onde deve estar: o próximo jogo.
A semana 6 marca o reencontro com a nossa velha rotina de domingo — a de sofrer, vibrar e torcer, muitas vezes tudo ao mesmo tempo.
Ser torcedor dos Packers é isso. Ou seja, é se irritar com um drop, reclamar da defesa e, ainda assim, estar pronto para gritar “Go Pack Go” no domingo seguinte.
Porque, no fim das contas, é esse ciclo — entre a euforia e a frustração — que faz a gente continuar aqui.
Fiel, confiante e, claro, um pouquinho teimoso.
#GoPackGo!