NFL100 – Dan Marino e o “Fake Spike”

Faltam 81 dias para a 100ª temporada da NFL e hoje relembramos mais uma grande história da liga: a jogada lendária do quarterback lendário! Acesse fumblenanet.com.br/nfl100 para conferir outras histórias épicas!

Antes que a dinastia do New England Patriots se consagrasse na AFC Leste, a divisão era conhecida por uma grande rivalidade. Não é exagero dizer que New York Jets e Miami Dolphins já travaram duelos históricos, incluindo uma final de conferência em 1982, vencida pela equipe da Flórida por 14 a 0.

Porém, quando se fala de Dolphins x Jets, apenas um lance e um jogador vem à cabeça: Daniel Constantine Marino Júnior e a “Clock Play” ou mais conhecida como “Fake Spike”. No dia 24 de Novembro de 1994, as equipes se encontraram no Giants Stadium, em New Jersey, em partida válida pela semana 13 e só uma coisa importava, a vitória. Os Jets encaminhavam uma recuperação na divisão com um record 6-5, contra um 7-4 dos Dolphins que havia perdido os dois últimos jogos.

Com a bola voando, as coisas começaram ruins para a equipe de Dan Marino. Os Jets estavam na frente com um sonoro 17-0 no placar e terceiro quarto se iniciando. E não bastasse ter que correr atrás do resultado, o quarterback dos Dolphins já havia lançado duas interceptações no primeiro tempo e o gosto de uma terceira derrota seguida já começava a ser sentido pela garganta.

No drive seguinte, Mark Ingram Sr – pai do running back dos Ravens, Mark Ingram Jr – em um passe de 10 jardas de Marino traria alguma esperança para os Phins. Na conversão de dois pontos, falha do ataque de Miami. Na volta, Johnny Mitchell e os Jets devolveriam os seis pontos e o extra, com o placar mostrando 24 – 6. A partir desse momento, o futebol americano presenciaria um dos finais de partidas mais insanos da história do esporte.

Ingram Sr se esforça para trazer os Dolphins de volta a partida

A conexão Ingram Sr-Marino mostrou o seu poderio ofensivo mais uma vez com um touchdown de 17 jardas, contando com uma conversão de dois pontos, 24 – 14. Uma interceptação de Troy Vincent colocou o Dolphins em ótima posição de voltar a partida e foi exatamente isso que aconteceu, com Marino encontrando mais uma vez Ingram Sr em um passe de 28 jardas, 24 – 21.

O jogo segue com uma sequência espetacular de fumbles. A defesa de Miami consegue três seguidos – porém, sem recuperar nenhum – forçando New York a vir para o punt. No punt, Miami tentar retornar mas outro fumble é forçado e dessa vez recuperado pelos Jets. Wow!

Cinco minutos e 46 segundos no relógio, 4º período, bola com os Jets na linha de 38 jardas do campo adversário. Chance dos Jets matarem o jogo. Certo? Errado. Os Dolphins conseguem a interceptação, deixando Marino e companhia com 4:51 para virar a partida. E quando o assunto é virada e quarto período, Dan Marino entende – e muito – bem. Até o confronto citado contra os Jets, o quarterback de Miami já havia conseguido 28 viradas no último quarto.

O drive pós-interceptação resulta apenas em um punt, que logo é devolvido em um 3-and-out para os Jets. Linha de 16 jardas do campo de defesa, 2:34 no relógio e apenas um timeout. Impossível descrever o drive de Marino com palavras, assista:

Vinte e cinco segundos no relógio, o ataque de Miami sinaliza um spike em sua formação e Marino grita aos companheiros: “Clock! Clock! Clock!”. A defesa dos Jets apaga por alguns segundos e a mágica acontece: Marino recebe o snap e encontra Mark Ingram Sr – mas uma vez – no cantinho direito da endzone, para marcar o touchdown mais icônico da carreira do lendário quarterback dos Dolphins, na jogada que ficou conhecida como “The Clock Play” ou “The Fake Spike”. Miami confirmaria o extra point, mudaria o placar para 24 – 28 em um dos melhores jogos da história da NFL e a vitória diante de seu maior rival.

Marino e os Dolphins comemoram virada histórica pra cima do New York Jets

O canal da NFL disponibiliza a partida completa via YouTube. Vale destacar os Head Coaches envolvidos na partida: pelo lado dos Jets, Pete Carroll e comandando os Dolphins, o lendário Don Shula. Dan Marino terminaria a partida com 31/44 lançamentos certos para 359 jardas, 4 touchdowns e 2 interceptações. Miami encaminharia seu título de divisão com um  record de 10-6, enquanto os Jets amargariam um 6-10 e a última colocação no Leste. O San Francisco 49ers do MVP daquele ano, Steve Young, levaria o Super Bowl de 1995 para a casa pela 5ª vez na história da franquia.

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