Não importa que o jogo tenha sido chato ou o resultado não foi o esperado. Foi bom pelo menos saber que teve Ravens football esse fim de semana. E para os fãs que moram em Baltimore, serviu para matar a saudade de pelo menos um ano longe do M&T Bank Stadium.
Apesar disso, e mesmo sabendo que se trata de um jogo de pré temporada, gostaríamos de ter visto uma atuação minimamente decente do time, pelo menos no setor ofensivo. Apesar de alguns lampejos no segundo quarto ou boas atuações dos TE’s conduzidos por Tyler Huntley no segundo tempo, a sensação é que o ataque poderia ter desempenhado melhor papel do que demonstrou na noite de sábado.
Ataque pouco criativo
A principal frustração do setor ofensivo em campo foi o fato de que se viu pouca mudança na forma com que Greg Roman chama as jogadas. Obviamente esse não é o momento de abrir o playbook. O motivo da frustração que cito aqui é que vimos principalmente antes dos Saints virarem o jogo, Trace McSorley agindo como se o jogo tivesse sido planejado para o Lamar Jackson de 2020.
Inclusive, vimos muita semelhança com o time da temporada passada, principalmente por conta de uma linha ofensiva deficiente. O lado direito de McSorley sofreu com uma proteção fraca pelo lado direito, onde Tyre Phillips deveria proteger. Os números das jardas totais ajudam a traduzir um pouco o que foi o começo de jogo. O Baltimore Ravens só teve chance de pontuar porque a defesa permitiu ao time boas posições de campo.
As jogadas aéreas mais efetivas apareceram quando permitiram que o quarterback soltasse mais o braço a partir do começo do segundo quarto. E com toda a dificuldade do mundo, Devin Duvernay foi o recebedor com mais volume de jogo na partida, com 4 recepções para 28 jardas.
Destaque também para o TE Josh Oliver, o TE mais prolífico em campo no quesito recepção. Apesar de seu nome demorar para ser citado na narração, ele vem logo atrás de Devin Duvernay nas estatísticas. Com os Ravens buscando alguém para se consolidar como TE 3 na equipe, Oliver dá um passo à frente no primeiro jogo.
Defesa abre os trabalhos muito bem
Não podemos negar alguns sustos com alguns passes mais longos pelo meio do campo, ainda mais quando Jameis Winston esteve em campo. Neste caso, é até natural. Não nos esqueçamos que Winston por muito tempo foi titular em Tampa Bay e luta por vaga nos Saints.
Feita essa observação, podemos agora destacar que a noite da defesa de Baltimore foi muito boa, culminando com uma marca de seis turnovers totais no jogo.
Patrick Queen se mostrou um jogador mais seguro. Apesar de ainda haver espaço para melhora em seu jogo, se mostrou um jogador mais eficiente na cobertura e conseguiu matar uma campanha que parecia promissora dos Saints em duas descidas, uma delas terminando com um sack.
Quem também teve uma partida interessante na defesa foi Geno Stone. Responsável por duas das seis interceptações do time, caso confirme a atuação de hoje até o kickoff da temporada, pode conseguir um espaço no roster e quem sabe entrar na rotação em jogadas de cover para patrulhar o fundo do campo.
Da mesma forma podemos destacar o calouro não draftado Ar’Darius Washington. Um dos mais cotados para fazer parte do elenco em setembro, Washington causou uma boa impressão quando esteve em campo, inclusive forçando um fumble na segunda metade do jogo.
Daqui para frente
Quem precisa mostrar um pouco mais de serviço em uma próxima oportunidade é o calouro Odafe Oweh. O EDGE teve uma partida OK, inclusive quase garantindo seu sack, não fosse por ter perdido o tempo do tackle em cima do quarterback adversário. Oweh demonstrou que seu atleticismo para alcançar o backfield do outro time tem potencial, porém em alguns momentos pareceu sem saber o que fazer quando precisava conter um corredor.
De fato, essas são só as primeiras impressões. Não se pode fazer muito nesse momento a não ser destacar alguns talentos individuais e ver qual a tendência do staff para os próximos jogos. O mais importante é ver que em alguns setores chave, o Baltimore Ravens ainda carece de profundidade.