De Hollywood para Baltimore – Marquise Brown

Já passava da meia noite e a escolha 22 sequer havia chegado ainda quando foi anunciado: o Baltimore Ravens fez um trade down com o Philadelphia Eagles. Com isso, a franquia ganhou, além da escolha 25, uma de 4ª e outra de 6ª rodada.

Então, o que os Eagles fizeram? Pegaram o OT Andre Dillard, de Washington State. Mas isso aqui me nosso caso pouco importa. Apesar da ansiedade, a troca foi considerado um bom movimento do nosso General Manager Eric DeCosta.

Enfim, após mais de três horas de ansiedade, a espera havia acabado. O comissário Roger Goodell sobe ao palco (sob vaias, como de costume) e anuncia a vigésima quinta escolha geral do Draft, a primeira e única do Baltimore naquela noite. O jogador é Marquise Brown, Wide Receiver de Oklahoma.

Mesmo sabendo da necessidade da franquia na posição, a escolha do calouro causou alguma controvérsia. Obviamente, não foi uma tragédia quanto as escolhas do New York Giants, que renderam alguns bons memes. Mesmo assim, sendo bem realista, podemos dizer que a torcida gostou, mesmo havendo ressalvas.

Afinal, o que há em nosso novo Wide Receiver que desagradou uma parte considerável da torcida enquanto outra parte parece bem contente com a escolha? Vamos então analisar o prospecto e ver até que ponto ele pode ou não render em Baltimore.

Ele é ágil e rápido…

O novo calouro de Baltimore contra TCU

Ao olhar os tapes do prospecto de Oklahoma e acompanhar algumas análises sobre o primo do Antonio Brown, podemos chegar à conclusão de que ele pode ser um potencial playmaker. Quando o vemos em ação, conseguimos notar a capacidade de Brown em abrir separação dos corners e esticar o campo. Além disso, sua agilidade faz com que ele consiga se livrar da marcação com alguma facilidade.

Também podemos contar com sua habilidade em desenvolver rotas. Apesar de precisar de aprimoramento nesse quesito, a habilidade já demonstrada até aqui nos indica algo promissor.

…Mas é fraco e contesta pouco.

Histórico de lesão do novo jogador de Baltimore preocupa

Apesar de tantas habilidades promissoras, algumas coisas precisam ser seriamente consideradas. Primeiramente, o seu porte físico. Marquise Brown chega à NFL baixo e magro demais para os padrões da posição. Considerando os CB’s da liga, ele precisará ganhar massa muscular, sem perder sua explosividade.

Justamente esse detalhe faz com que Brown apresente outro problema: ele normalmente não ganha bolas contestadas. Isso significa que: se Brown não for capaz de conseguir separação e precisar disputar uma bola, ele certamente perderá o combate. Na NFL, isso pode ser fator de decisão.

Não bastasse isso, o ex-sooner vêm para Baltimore com um histórico de lesão, o que o torna uma aposta arriscada. alguns analistas questionam a sua durabilidade na liga, devido ao seu histórico, somado com a fragilidade do seu porte físico.

E aí, valeu a pena para Baltimore correr o risco?

Depois de tudo o que foi levantado, este que vos escreve acredita que sim. Talvez pareça maluquice confiar em alguém tão frágil. Não sei até que ponto DK Metcalf e N’Keal Harry, que saiu para os Patriots, seriam encaixes tão melhores assim.

Criticas à parte, Eric DeCosta sente que “Hollywood” Brown possa ser o receiver playmaker do qual Baltimore vem carecendo há tanto tempo. Ele e Lamar Jackson aparentam que terão boa sintonia no futuro, se tudo der certo.

É claro que Marquise Brown precisa de desenvolvimento. Precisa se tornar mais forte, isso é um fato. O time está apostando suas fichas nesse garoto. resta esperar para ver se esse filme terá um final feliz ou uma tragédia.

Sendo assim, bem-vindo ao ninho, Marquise “Hollywood” Brown.


Cleverton Linhares

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