Como o contrato de um QB pode influenciar toda a liga

No final do último mês, o Detroit Lions anunciou que renovou o contrato da sua principal estrela. O quarterback Matthew Stafford agora é o jogador mais bem pago da história, com a bagatela de US$ 135 milhões, sendo US$ 92 milhões garantidos (!!!) com 50 desses pagos na assinatura do contrato. Você deve pensar que é muita grana para um quarterback que nunca ganhou um Super Bowl ou que nunca fez uma campanha de elite, certo? Contratos ruins não são novidade na NFL.

Vimos recentemente que os contratos relacionados a quarterbacks são, talvez, a coisa mais confusa da liga. Erros de estratégia financeira, renovações baseadas em uma boa temporada e medo de perder o jogador são aspectos levados em consideração para uma renovação conturbada e muitas vezes com cifras gigantes e erradas.

Podemos pegar como primeiro exemplo negativo uma renovação que aconteceu em 2013, após o Super Bowl entre Ravens e 49ers, vencido pela equipe de Baltimore. Após fazer uma campanha impecável nos playoffs, Joe Flacco conquistou não só o Lombardi Trophy, como também um contrato absurdo de US$ 126 milhões, pagos durante 6 anos. Na época, a cúpula de Baltimore estava de mãos atadas pois não podiam usar a franchise tag no jogador, por motivo de falta de cap, e o poder de negociação ficou nas mãos do quarterback e do seu agente.

Após um mês, o contrato firmado em Baltimore começava a ecoar pela liga. Em Green Bay, Aaron Rodgers ainda possuía dois anos de contrato e já era considerado um quarterback de elite. Surgiu então a necessidade de extensão de contrato. Nada mais justo, pois o salário de referência agora era de US$126 milhões/6 anos. Rodgers então assinou uma extensão de US$110 milhões, pagos em 5 anos. Se for pensar na média por ano, Rodgers passava a ganhar apenas 2 milhões anuais a mais que Flacco.

O contrato recente de Stafford deve começar a influenciar o resto da liga nos próximos anos. O principal exemplo disso será a provável renovação de Russel Wilson com o Seattle Seahawks, que deve acontecer em 2020.

É necessário saber que na grande maioria dos times os quarterbacks não são apenas os principais atletas em campo, mas também são a cara da franquia. Os mandatários dos times pensam também no marketing que o jogador pode trazer e o quanto a presença dele pode ser lucrativa. São muitos detalhes que fazem um contrato da NFL ter suas cifras corretas ou não, porém, fica a torcida para que o desempenho em campo seja sempre o principal fator de decisão.

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