A expectativa era de que o Baltimore Ravens fizesse um jogo decente. Não precisaria ganhar, mas ao menos fizesse um jogo competitivo para mostrar que era um desafiante ao Super Bowl. Entretanto, não sabemos se o que foi visto no Arrowhead foi o indício de uma temporada complicada ou uma primeira marcha de uma temporada que pode engrenar.
Fato é que o Baltimore Ravens apresentou problemas naqueles que eram os pontos mais críticos já evidenciados desde a offseason. Agora que a realidade bateu, quem sabe seja a chance da comissão técnica dar um pouco mais de atenção a esses detalhes.
Não temos Linha Ofensiva
Vamos ser objetivos, Lamar Jackson não começou bem a temporada. Vindo para 2024, ainda apresenta dificuldade de conectar passes em profundidade pelo meio do campo e erra em algumas leituras básicas. Isso, acumulado com os problemas da linha ofensiva, culminaram para uma coleção de erros. A começar pelo Daniel Faalele, que é um jogador a menos dentro de campo. Ele não consegue executar os bloqueios necessários para dar tempo do ataque se desenvolver de forma decente.
A isso, acrescente o fato de Ronnie Stanley ter vindo para temporada desatento com a forma mais criteriosa das zebras de marcar a posição dos jogadores. Algumas boas jogadas do Baltimore Ravens foram desperdiçadas porque, lá na linha, já estava acontecendo falta.
Falta de alvos e ideias em campo
Se já é difícil quando seu quarterback não está inspirado, pense o que acontece quando ele tem apenas dois alvos. Com Devontez Walker fora, Mark Andrews ainda sem ritmo e uma partida apagada de Rashod Bateman no geral, Lamar tinha à disposição apenas Zay Flowers e Isiah Likely. Com o detalhe de algumas chamadas questionáveis por parte do coordenador ofensivo Todd Monken. Nem coloco Nelson Agholor na lista porque, honestamente, não sei dizer se ele esteve no jogo.
Agora, verdade seja dita: eles se esforçaram. Não dá para cobrar muito do Zay Flowers quando, não bastasse os passes não chegarem na mão dele – e isso custo um touchdown escadalosamente perdido no fim do jogo – o abuso de screens e passes antes da linha de scrimmage foi algo com o qual os Chiefs pareciam ter a fórmula pronta. Likely acabou sendo o segundo ponto alto desse ataque e só não foi o salvador por alguns centímetros de sua chuteira fora do campo no último lance do jogo. Poderia ser o touchdown que levaria o jogo para uma vitória espetacular com a conversão de dois pontos. Não aconteceu.
Derrick Henry Chegou.
Destaque precisa ser dado para o novo running back do time. Levando em conta que estamos falando de um veterano, fez o possível dentro das expectativas e ajudou a desafogar o ataque em alguns momentos. Ainda ficou atrás do próprio Lamar Jackson no jogo, mas ele conseguiu achar espaços nas trincheiras pelo meio e conseguiu bons avanços pontuais. Esperamos que, até o fim da temporada, essa relação dele com Lamar Jackson no backfield esteja mais desenvolvida.
Precisamos refletir sobre a defesa
Primeiro ponto, e aqui a visão é completamente contaminada por diversos fatores externos: Xavier Worthy está com Marlon Humphrey até agora no bolso, mostrando que, nas atuais circunstâncias, ele precisa falar menos e trabalhar mais. Nem foi uma partida tenebrosa no geral, mas para alguém que fala de mais, tem feito de menos.
Fora isso, não há o que se esperar muito de uma defesa que está em franca adaptação. Verdade seja dita os mesmos problemas ainda estão lá: faltam os qb hits e os sacks. Odjabo pareceu dar uma ponta de esperança no começo do jogo, mas o que se seguiu foi um acúmulo de pressões não finalizadas em cima de Patrick Mahomes e que se trduiziram em avanços para o adversário. Vamos ver como Zach Orr se vira com isso e dar tempo ao tempo para o time se ajeitar.
O Baltimore Ravens volta a campo ainda em duelo contra a AFC West. Dessavez, recebe o Las Vegas Raiders que, apesar de ser um time que dá trabalho, é a chance de se recuperar de um começo ruim de temporada. Semana um não costuma servir de muito parâmetro, mas algumas fraquezas de Baltimore ficaram bem evidentes.