Provavelmente você já ouviu alguns bordões nas transmissões brasileiras do baseball, como “E ela tá fora daqui” ou “E ela disse adeus”; nesse caso, de Everaldo Marques e Rômulo Mendonça, respectivamente. Mas, a relação dos bordões é além dos home runs, e tem a ver com o meio de comunicação em massa mais antigo do mundo: o rádio.
Rádio e beisebol
Diferentemente de todas as outras ligas americanas, o rádio tem uma relação de muito carinho com o beisebol. Desde a era da bola morta, que era praticamente impossível se rebater uma bolinha, e consequentemente, ter uma relação tão longa, o rádio detém um estilo único de se transmitir o beisebol. Como o clássico Vin Scully, criando seu icônico estilo cantado ou como Joe Buck trouxe para a TV um estilo mais “radialístico”.
E com uma relação tão forte, cria a possibilidade de se trazer vários e vários bordões. Como o próprio Vin Scully, nas aberturas dos jogos dos Dodgers com o seu icônico “It’s time for Dodger Baseball”. Ou então, nas vitórias dos Yankees, John Sterling traz seu “daaaa, Yankees win!”, e claro, isso possibilita também a zoação dos rivais, como David Ortiz, ex-jogador dos Red Sox, nas derrotas dos Yankees sempre gosta de fazer o seu “Daaa, Yankees Lose!” quando ele está na MLB Network.
Além do seu uso claro no rádio, as equipes também gostam de utilizar os bordões como uma forma de marketing dos times. Em tempos em tempos, vemos o St. Louis Cardinals usar “Go crazy, folks” do lendário Jack Buck para fazer uma ação promocional. Ou o Chicago White Sox, usando “You can put on the board, YES” de Ken Harrelson, para trazer a torcida para o Guaranteed Rate Field.
O rádio é a principal forma que o fã do baseball acompanha os times nos EUA. Com bastante informação e o humor que o rádio proporciona, como toda a cultura de mais de um século na maior liga de beisebol, todo o romantismo que circula o beisebol faz o esporte ser algo totalmente diferente. E como diz John Sterling: That’s baseball, Suzyn.
Texto escrito por: Thiago Mares, o @RedbirdsBrasil