TEXTOS | Gigantes do College Football mais tempo sem título nacional

O universo do futebol americano universitário é composto por alguns gigantes, ano após ano têm os recursos necessários e a obrigação de brigar pelo topo de sua conferência e estar na conversa pelo título nacional. Mas alguns destes gigantes estão adormecidos por longos invernos, e seus estudantes e torcedores não vibram com um título nacional por décadas. Abaixo vamos ver os cinco programas tradicionais que há mais tempo estão em jejum.

Notre Dame – último título: 1988

Notre Dame é o segundo maior vencedor do futebol americano universitário, atrás apenas de Alabama. O programa, situado no estado de Indiana, já faturou oito títulos nacionais, porém não celebra uma conquista desde 1988, quando o lendário treinador Lou Holtz levou os Fighting Irish ao topo do College Football.

Notre Dame tem conseguido boas campanhas nos últimos anos, sob o comando de Brian Kelly, que assumiu em 2010. No entanto, o programa ainda está um degrau abaixo de Clemson, Alabama, Georgia e Ohio State – universidades que têm dominado o circuito universitário nas temporadas mais recentes.

As chances mais concretas de título ocorreram em 2013, quando Notre Dame perdeu para Alabama na disputa do título (BCS Bowl), e em 2018, quando perdeu para Clemson nos playoffs do BCS Bowl.

Penn State – último título: 1986

Em 1986, o lendário técnico Joe Paterno levou Penn State ao título invicto. 34 anos depois e os Nittany Lions ainda tentam voltar ao topo do futebol americano universitário. O programa da universidade estadual da Pensilvânia tem dois títulos nacionais em seu rol de conquistas.

Após a saída de Joe Paterno, em 2011, demitido por supostamente acobertar casos recorrentes de abuso sexual de um funcionário do programa, os Nittany Lions tiveram Bill O’Brien (sim, este mesmo que você está pensando) e, agora, James Franklin como treinadores. Com Franklin, o programa voltou a sonhar com títulos, costumeiramente vencendo mais de 10 jogos na temporada e faturando em 2016 o troféu da Conferência Big Ten. Mas ainda falta um pouco de chão antes dos Nittany Lions conseguirem estar na disputa do título nacional.

Georgia – último título: 1980

Kirby Smart reavivou esperança de Georgia em ser campeã nacional

Detentores de apenas um título nacional, em 1980, os Bulldogs têm batido na trave nas últimas temporadas, após Kirby Smart assumir o comando técnico do programa. Brigar pelo troféu da Conferência SEC se tornou uma constante para Georgia, conquistando o título em 2017 e perdendo em 2018 e 2019.

Também em 2017, os Bulldogs chegaram à final do futebol americano universitário, mas após um primeiro tempo arrasador, viu Tua Tagovailoa emergir do banco de reservas e levar Alabama a mais uma conquista.

No entanto, é seguro dizer que o programa liderado por Kirby Smart é o que está mais próximo de quebrar o longo jejum sem troféus nacionais.

Michigan State – último título: 1965

Com dois títulos, 1952 e 1965, Michigan State se acostumou a fazer barulho nos últimos anos, mas faltou força na reta final para voltar a sentir o gostinho da maior glória do futebol americano universitário. Os Spartans foram campeões da Conferência Big Ten em 2013 e 2015, sob comando do treinador Mark Dantonio. O programa chegou aos playoffs do College Football em 2015, mas foi massacrado por Alabama. Em 2019, porém Dantonio resolveu deixar o cargo de técnico de Michigan State. Cabe, agora, a Mel Tucker, que comandava a universidade de Colorado, manter a força que os Spartans demonstraram sob comando do treinador anterior, mas dar o salto que falta para colocar o programa no topo do futebol americano universitário.

Minnesota – último título: 1960

Minnesota busca retomar dias gloriosos

Surpreso por ler o nome desta universidade por aqui? Os Golden Gophers são um dos programas mais vencedores do College Football, com quatro conquistas. Porém desde 1960 não sentem o gostinho do caneco e caíram em um longo ostracismo, com campanhas ruins, falta de jogadores renomados e sem empolgar seus estudantes e fãs. O título da Big Ten não ocorre desde 1967, por exemplo.

Tudo começou a mudar, porém, quando o técnico PJ Fleck foi escolhido para reviver os dias de glória em Minnesota. Tendo assumido em 2017, Fleck já venceu dois bowls com os Gophers e mudou da água para o vinho o seu programa. A campanha 11-2 em 2019, com vitórias importantes sobre Penn State, Auburn e Nebraska, foi a melhor em mais de meio século.

Seguir os bons recrutamentos e o excelente trabalho de lapidar talentos pode recolocar Minnesota na rota da briga por títulos nacionais.

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