Pós-jogo: o bom, o ruim e Julian Blackmon

Após um começo lento e desanimador, o Indianapolis Colts conseguiu sua maior virada em casa na história da temporada regular. Philip Rivers, enfim, fez excelente exibição, pôs o time nas costas e conduziu a uma virada espetacular contra o Cincinnati Bengals. O placar de 31-27 selado por Julian Blackmon levou o time à quarta vitória na temporada e mantém vivo o sonho dos playoffs.

O BOM

Criticamos quando temos que criticar, mas elogiamos na mesma proporção quando temos que elogiar. Philip Rivers teve um jogo muito sólido e mostrou capacidade de conduzir o time a uma virada mesmo estando 21 pontos atrás no placar. O veterano acumulou bons números no jogo: 371 jardas, 29 passes completos de 44 tentativas, três touchdowns e uma interceptação. Não fosse a interceptação em um breve momento de câimbra mental ao lançar uma bola com marcação dupla em seu recebedor, Rivers teria feito um jogo quase perfeito. Além disso, distribuiu bem os passes entre 10 dos seus recebedores.

Como resultado da boa partida de Rivers, podemos destacar também a excelente partida do WR Marcus Johnson e o TE Trey Burton. Johnson, que há duas semanas estava no practice squad do time, conseguiu 108 jardas em cinco recepções. Por pouco não anotou um TD num belo passe em profundidade do Rivers. Já o TE contribuiu com 58 jardas recebidas e, além da bela recepção para touchdown, também correu para anotar seis pontos num wildcat muito bem desenhado pela comissão técnica.

Apesar do apagão total que a defesa sofreu nos três primeiros drives ofensivos dos Bengals, ainda conseguimos ver boas atuações no restante do jogo. E aí, temos destaques na secundária: Rhodes e Blackmon. O calouro merece um item especial no texto e falaremos dele depois. Já o veterano teve a ingrata missão de marcar A.J. Green por boa parte do jogo. É sabido que, quando saudável o jogador de Cincinnati é um dos melhores WRs da NFL, o que era o caso desse jogo.

O #27 conseguiu três tackles e três passes desviados nesse jogo, mostrando que ainda é capaz de produzir numa boa defesa. Após o jogo contra os Bengals podemos destacar um número interessante de passes completos quando Rhodes é um alvo do ataque adversário. Na temporada passada, onde foi um dos piores (senão o pior) CBs da liga, Rhodes cedeu 83,5% de passes completos em sua direção. Já nessa temporada, a melhora nos números é assustadora: apenas 41,4% de passes completados em sua direção, fora as interceptações que já conseguiu.

O RUIM

Não se pode começar tão mal uma partida assim. Jack Doyle, que consideramos um dos alvos mais confiáveis do time, sofreu um fumble sozinho no começo do jogo e deu aos Bengals uma boa posição de campo para abrir o placar. Além disso, a defesa cedeu 221 jardas a dupla A.J. Green e Tee Higgins. O calouro ainda se destacou por conseguir uma bela recepção para 67 jardas num erro de marcação do CB Rock Ya-Sin.

Após praticamente metade da temporada, podemos oficializar a preocupação com nossa linha ofensiva. Apesar da proteção do passe estar boa, os Colts não conseguem mais correr com a bola com eficiência. Foram 15 tentativas de corrida para 59 jardas se somarmos todos os corredores que tocaram na bola. Jonathan Taylor liderou o time com 60 jardas em 12 corridas. Esses problemas tem se refletido também na eficiência do time em campo para cada forma de atacar. Naturalmente o playcalling também influencia nessa eficiência, mas é importante destacar os números e saber como isso é influenciado pela linha ofensiva. Hoje os Colts tem a quinta melhor marca no jogo aéreo na liga, com 52% de eficiência em jogadas de passe. Já no jogo corrido somos a pior equipe, com vexatórios 40% de eficiência no jogo terrestre (dados do Sharp Football Stats).

JULIAN BLACKMON

Já falamos de Xavier Rhodes como um dos pontos positivos e agora é a vez de Julian Blackmon ser elogiado por aqui. Já estamos cansados de falar que o calouro vindo de Utah vem enchendo os olhos da torcida e da comissão técnica. Contra os Bengals, conseguiu dois tackles, um passe desviado e leu muito bem os olhos de Joe Burrow para conseguir a interceptação que selou a vitória dos Colts. Nas métricas de avaliação de jogadores do PFF, o safety lidera o ranking entre calouros e é o 10º melhor entre todos os 83 safeties avaliados na Liga. Outros dados interessantes sobre Julian: cedeu recepções em apenas 44,4% dos passes onde foi alvo do ataque, interceptou duas bolas, soma seis passes desviados e o rating dos QBs adversários em sua direção é de apenas 38,4 (link).

Nada mal para quem veio de uma lesão gravíssima de ruptura do ligamento cruzado anterior. No tweet, vocês podem conferir a jogada da interceptação que selou a quarta vitória dos Colts na temporada.

PRÓXIMA SEMANA: BYE WEEK

A semana de descanso veio em excelente hora para os Colts. O DE Kemoko Turay e o WR Michael Pittman Jr. estarão disponíveis para jogo após a pausa. Além disso, nosso linebacker All-Pro Darius Leonard deve retornar também na Semana 8. Com um recorde de 4-2, os Colts seguem firmes na busca pelos playoffs da AFC. A situação poderia ser mais fácil caso o time não tivesse perdido para os Jaguars na Semana 1. Enquanto isso os Titans seguem invictos na temporada e puxam a fila junto com os Steelers na AFC. Com Chiefs, Ravens, Bills, Raiders e Browns na briga, os Colts ainda precisam melhorar se quiserem alçar voos mais altos na temporada.

Depois da bye week, a segunda parte da temporada terá cinco confrontos divisionais e partidas dificílimas contra Packers e Ravens. Nossa torcida é que o time consiga melhorar o desempenho do ataque, dando condições para os RBs correrem bem com a bola para não sobrecarregar Philip Rivers. Apesar de a defesa ser Top 5 da NFL no Defensive EPA/play, não podemos sofrer tantos pontos em tão pouco tempo como contra Bengals e Browns. Mesmo que o setor se sobressaia no restante do jogo, o equilíbrio durante o jogo sempre é bem-vindo.


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