Pós-jogo: o bom, o ruim e Julian Blackmon

Faaaala Colts Nation! Nesta temporada abordaremos os artigos de pós-jogo de forma diferente: mais curtos e objetivos destacando os principais pontos de discussão dos jogos. As análises mais aprofundadas serão guardadas para o nosso podcast semanal.

Na Semana 4 conseguimos a primeira vitória fora de casa em 2020. Enfrentando o Chicago Bears invicto, os Colts conseguiram se impor em campo, especialmente defensivamente, e venceram o segundo confronto contra times da NFC North. Destaque para DeForest Buckner e Julian Blackmon, que mal chegaram ao time e já tem grande impacto em campo.

O BOM

Mais uma semana onde o principal destaque é a defesa comandada por Matt Eberflus. Os Colts tiveram mais uma performance praticamente impecável do seu time defensivo. A linha defensiva pressionou Nick Foles, que fez seu primeiro jogo como titular pelos Bears, e impediu que o ataque adversário progredisse em campo de forma a pontuar. A defesa cedeu 277 jardas, sendo apenas 28 jardas terrestres e 249 aéreas. Ainda reduziu o aproveitamento de Chicago em terceiras descidas a apenas 29%. Na red zone, acabou permitindo 50% de aproveitamento aos Bears, entretanto os adversários chegaram até essa posição de campo em apenas duas oportunidades. Um número que impressiona são os passes desviados: mais sete para a conta da defesa que ainda teve uma interceptação pelas mãos de Julian Blackmon.

Os destaques da linha defensiva vão para DeForest Bucker e Justin Houston. Já podemos dizer que o ex-jogador dos 49ers está se pagando em campo. Buckner tem se destacado como uma âncora contra o jogo corrido e tem melhorado seu pass rush, o que se traduz nas cinco pressões exercidas sobre o QB adversário no último jogo. Ainda somou um passe desviado para complementar a atuação de gala. Já Houston, que muitos davam por acabado, tem contribuído constantemente com o time. O jogador de 31 anos somou mais um sack para uma conta que já totaliza três sacks e meio em quatro jogos. Extrapolando a estatística para os 16 jogos de temporada regular, projeta-se que o jogador possa chegar a 14 sacks no total. Com mais dois tackles para perdas de jardas e dois hits em Nick Foles, podemos dizer que Houston está longe de acabado.Bloquerio de punt de Jordan Glasgow

Não podemos deixar de destacar também que o único touchdown dos Colts no jogo foi novamente de Mo Alie-Cox. O #81 vem se tornando cada vez mais confiável e contribuiu com seu segundo TD na temporada. Mesmo com a sua importância, vale ressaltar que Trey Burton e Jack Doyle receberam mais snaps nesta partida. Aguardamos para ver se isso se torna padrão no gameplan ou foi apenas um situação específica contra os Bears. Nos special teams o LB calouro Jordan Glasgow bloqueou um punt no primeiro drive do jogo e deu excelente posição de campo para o ataque.

O RUIM

O lado ruim do jogo, apesar da vitória, foi mais ou menos o mesmo do nosso último pós-jogo… Apesar de uma melhora nas conversões de terceiras descidas, com 42% contra os Bears, o time continua aquém do que pode oferecer. Ainda estamos esperando que a linha ofensiva se prove como a melhor da liga em campo e não apenas na teoria. O setor ainda deve ter uma baixa para a próxima semana, já que Anthony Castonzo tem um problemas na costela. É provável que a sequência de enorme sequência de jogos com a mesma linha ofensiva titular seja quebrada. O problema de eficiência na red zone se mantém, com o time convertendo apenas 25% de suas viagens a essa região do campo em touchdowns.

Quando precisamos elogiar o play calling de Frank Reich lá em 2018, nós o fizemos. Hoje, temos um momento para criticar a postura do nosso head coach. Boa parte dos problemas em terceiras descidas e baixa eficiência da red zone adversária parece estar fundada no conservadorismo das chamadas. Até certo ponto, é entendível que com um novo quarterback se habituando aos novos companheiro o time seja mais conservador. Entretanto, Rivers já mostrou em alguns momentos dos quatro primeiros jogos que pode ser mais agressivo de forma eficiente.

Mesmo que alguns duvidem do braço de Rivers a essa altura da carreira, o QB comanda o time que é o nono melhor em jogadas explosivas de passe considerando todas as posições de campo. Entretanto, no recorte do campo adversário isso muda, onde caímos para o 20º time no mesmo quesito. Correndo com a bola, somos apenas o 26º time em jogadas explosivas num geral e o 22º no campo adversário. Frank, não é hora de confiar mais em Philip Rivers na red zone? Os dados sobre as jogadas explosivas encontram-se no link.

JULIAN BLACKMON

Chegamos ao calouro que merece uma sessão única aqui nesse pós-jogo… Sequer sabíamos quando Blackmon estaria disponível, e com palavras do próprio Chris Ballard, era possível que ele sequer jogasse essa temporada da NFL. Em três jogos pelos Colts, o safety novato já soma cinco passes desviados e está ao lado de Xavier Rhodes com a melhor marca do time. Sem criar intrigas entre jogadores e torcida, mas a título de informação, Malik Hooker teve quatro passes desviados como melhor marca em uma temporada e um total de 11 na carreira. Julian ainda conseguiu uma interceptação e parece estar extremamente confortável em campo, tem jogado como um veterano. Para alguém que está retornando de uma lesão no ligamento cruzado anterior, Blackmon está se saindo muito melhor que a encomenda.

PRÓXIMO CONFRONTO: Cleveland Browns

No próximo domingo às 17h25 o Indianapolis Colts irá a Ohio enfrentar o Cleveland Browns. Também com campanha 3-1 na temporada os Browns tem evoluído como time após a chegada do Kevin Stefanski como head coach. O ataque tem se mostrado uma ameaça com 1548 jardas totais sendo o 4º time que mais marca pontos. Por outro lado é a 27ª defesa em pontos cedidos e 25ª em jardas cedidas. Hora de Frank Reich e companhia abrirem o playbook para ver o que Philip Rivers tem a oferecer de verdade. E nossa defesa mostrar que realmente é de elite nesta temporada. GO COLTS!!! (3-1)

 


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