Pós-jogo Colts vs Titans – Semana 11

Em uma tarde de homenagens ao lendário WR Reggie Wayne e com um desempenho arrasador do início ao fim, o Indianapolis Colts superou o Tennessee Titans com facilidade. A então melhor defesa em pontos cedidos não chegou nem perto de dificultar as coisas para Andrew Luck & Cia, que orquestraram o placar de 38-10. Vamos aos pontos positivos e negativos da partida.

 

PONTOS POSITIVOS

INDIANAPOLIS FOOTBALL COLTS

O plano de jogo do ataque e da defesa funcionou perfeitamente para todas as situações da partida. Andrew Luck teve vida tranquila do início ao fim, estendendo a sequência sem sofrer sacks para 219 dropbacks (a 3ª maior marca da história da NFL), graças ao belo trabalho da OL. O QB lançou para 297 jardas, 23/29 nos passes e 3 TDs. Chega ao 33º jogo com pelo menos um passe pra touchdown e o 7º jogo consecutivo com 3 ou mais passes para TD. Temporada espetacular do #12. Em 80 jogos na carreira, Luck está atrás apenas de Dan Marino em touchdowns passados, com 161 contra 182 do ex-QB dos Dolphins. Além disso tudo, o #12 foi nomeado o AFC Offensive Player of The Week pela NFL. Quinta vez que ele ganha este prêmio na carreira. Boa, Andrew!!!

Partida notável do T.Y. Hilton, que recebeu 2 TDs e 155 jardas. Lembrando os velhos tempos, a conexão “Luck 2 Hilton” funcionou perfeitamente, inclusive num belo touchdown de 68 jardas onde o #13 deixou Adoree Jackson comendo poeira. O “Ghost” recebeu os nove passes em que Andrew Luck o teve como alvo e chegou ao 11º jogo com mais de 150 jardas igualando nosso eterno WR Marvin Harrison.

T.Y. Hilton em seu segundo TD no jogo

Ao contrário dos últimos jogos, Eric Ebron não teve uma recepção sequer, mas sua presença em campo foi muito importante. Mike Vrabel colocou um cornerback na marcação do TE, visto que ele é um perigo em campo aberto. Frank Reich e Nick Sirianni montaram um plano de jogo para usar Eric Ebron como isca, dando espaço para os demais recebedores. Mas Ebron não deixou de participar do jogo: em uma tentativa de trick-play, o TE jogou como um QB e quase tivemos um TD. A “Indy Special” resultou apenas em um passe incompleto, mesmo com Luck voando para pegar a bola. Uma pena.

Faltou pouco para a INDY SPECIAL ser concluída

Um jogador que vem tendo destaque no ataque é Dontrelle Inman. O #15 veio para contribuir com o fraco corpo de WRs e se mostra bem eficiente. No jogo, recebeu 4 passes para 34 jardas e um touchdown onde fez a ponte para agarrar o belo passe do Luck. O WR é o 12º jogador a receber um passe para TD do Andrew Luck na temporada. Com isso, o QB fica a um recebedor de igualar o recorde dos Falcons de 2016. Jack Doyle, com suas mãos seguras, recebeu 4 passes para 43 jardas. Após o erro crucial contra os Bengals na Semana 1 e problemas com lesões, o TE retomou a confiança e vem desempenhando um bom papel em campo.

O jogo terrestre também se mostrou bem eficiente. Ao todo foram 102 jardas do corpo de RBs (Mack com 61, 30 do Wilkins e 14 do Hines). Jordan Wilkins teve seu primeiro TD na carreira, numa bela corrida no 2º quarto. Após anos de sofrimento, vemos algo bom no jogo terrestre e isso traz a tranquilidade para o jogo aéreo ser mais eficiente e surpreendente ao adversário.

Jordan Wilkins mergulha para o TD

Defesa, como uma rocha!

Ao contrário dos últimos jogos a defesa anulou completamente o ataque adversário. Ao todo foram apenas 263 jardas totais cedidas (176 aéreas e 87 corridas). Além disso, as interceptações de Quincy Wilson e Darius Leonard (DROY!) contribuíram para um jogo tão eficiente do setor. E os cinco sacks, incluindo um strip-sack do Leonard, mostram que Tennessee não teve a mínima chance na partida.

Além disso, foram 8 tackles para perda de jarda, ou seja, a OL dos Titans não ofereceu muita resistência. O DE Jabaal Sheard contribuiu com 1,5 sacks e mostra sua importância na defesa. O novato Tyquan Lewis participou de 50 dos 63 snaps defensivos, mais que qualquer jogador da DL, além de contribuir com 3 tackles e 1 para perda de jarda, além de dois hits no QB.

Festa da Defesa após a interceptação do Quincy Wilson

 

Time de especialistas

E para completar o show, o Special Teams mostrou mais uma boa exibição. Caso não houvesse falta no último terço do campo cometida pelo Arthur Maulet, Chester Rogers retornaria um punt para touchdown. Além disso, Rigoberto Sanchez chutou todos os três dentro da linha de 20 jardas do campo adversário, sendo o mais longo para 53 jardas. Adam Vinatieri converteu todos os seus chutes (5 extra points e 1 field goal de 22 jardas). Com a vitória, o camisa #4 alcançou 210 vitórias em temporada regular.

 

Tempo de posse de bola

Se contra os Jaguars os Colts sofreram para controlar o relógio, contra os Titans tivemos 31:16 minutos de posse e pontuamos em 6 dos 9 drives. A campanha mais longa teve 7:33 minutos e foi finalizada com o touchdown do Inman.

 

Eterno Reggie Wayne

O jogador com mais jogos pelo Indianapolis Colts (211, sem contar 21 de playoffs) entrou para o Ring of Honor da franquia. Membros do time campeão do Super Bowl XLI e antigos companheiros de equipe estiveram presente para festejar com o WR. Wayne, ao longo de 14 temporadas, teve 14.345 jardas (10º na história da Liga, 2º na história dos Colts), 1.070 recepções (10º) e 82 touchdowns (24º). O nome do camisa #87 está gravado para sempre na parede do Lucas Oil Stadium.

Uma última vez na endzone. Valeu REG-GIE!!!

 

PONTOS NEGATIVOS

Lesões de Ryan Kelly e Margus Hunt

O center sofreu uma lesão no joelho no 3º quarto e não voltou pro jogo. Frank Reich confirmou que o jogador sofreu uma torção no ligamento colateral medial e perderá algum tempo. O C/G Evan Boehm será o substituto para a posição no próximo jogo, contra o Dolphins. Já disse que “não será no seu momento” que a linha ofensiva cairá de rendimento.

Já o DE Margus Hunt, com problema também no joelho, parece ter evoluído melhor segundo Reich. Sua presença no próximo jogo ainda é duvidosa, mas perderá menos tempo que Ryan Kelly. No Injury Report foi listado com participação completa no treino.

 

Foco, Hines!

Nyheim Hines vem sendo bem utilizado tanto em corridas quanto recebendo passes, mas precisa estar mais ligado no jogo. No primeiro quarto o RB cometeu um drop que quase terminou em interceptação, já que a bola bateu em seu pé e subiu. Ainda sofreu um fumble no último quarto, mas a bola saiu pela lateral. É preciso recepcionar a bola antes de pensar na progressão da jogada. Um ponto a ser trabalhado com o RB, que já cometeu esse mesmo erro no passado, ele é novo e tem tudo para evoluir.

 

Faltas desnecessárias

Os Titans chutariam um punt no último drive do primeiro tempo, mas graças a uma falta desnecessária de George Odum, Tennessee conseguiu três pontos. E novamente Arthur Maulet cometeu uma falta que custou pontos aos Colts. Na semana anterior, Anthony Walker Jr. anotaria 2 pontos após extra point bloqueado. Já contra os Titans, mais grave ainda: Chester Rogers conseguiu um excelente retorno para touchdown, mas um holding do #32 anulou a jogada. Acontecer uma vez já não é bom, mas duas vezes em semanas consecutivas é complicado. Coincidência ou não, Maulet foi dispensado do time na última terça-feira, 20/11.

 

A saúde de Dean Pees

O coordenador defensivo dos Titans foi levado às pressas para o hospital durante o jogo. Não foi divulgado o que aconteceu, apenas que Pees foi examinado por neurologistas, mas segundo o HC Mike Vrabel ele “está OK”. O DC já viajou de volta à Nashville após passar o domingo no hospital e se recupera bem.

 

Apresentando um dos melhores planos de jogo na NFL no momento, o Indianapolis Colts briga de vez por uma vaga no WildCard. Há quatro equipes com o mesmo record (5-5) que o nosso: Ravens, Bengals, Dolphins e Titans. As chances de termos jogo em Janeiro existem e é o que todo torcedor sonha no momento. Para isso deve-se dar um passo de cada vez e com pés no chão, o que o coaching staff sempre prega semana a semana.

No próximo domingo, 25/11 às 19h25, com transmissão apenas via GamePass, o Indianapolis Colts volta à campo para enfrentar um concorrente direto pelo Wild Card. O Miami Dolphins, do nosso querido ex-RB Frank Gore, vem até o Lucas Oil Stadium para a partida. Com Ryan Tannehill de volta para comandar o ataque, 5º pior geral, Miami tentará surpreender os Colts. A defesa, mesmo contando com bons nomes como Kiko Alonso e Cameron Wake, é a 6ª pior em jardas cedidas por jogo e cede em média 25,6 pontos por jogo.

Os playoffs se tornaram acessíveis com essas quatro vitórias consecutivas. Agora cabe ao time e comissão técnica explorar as deficiências do Miami Dolphins para alcançarmos a sexta vitória, quinta de forma consecutiva (que não acontece desde 2014). GO COLTS!!! (5-5).

 

Para ver os melhores momentos, mais estatísticas e números do jogo, acesse o Gamebook oficial da NFL.

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