O que o San Francisco Giants precisa para 2022

O ano de 2021 decerto foi um ano mágico para os torcedores do San Francisco Giants. A volta dos fãs ao Oracle Park também marcou a volta de bons tempos para o time da baía. Buster Posey em seu ano de despedida presenteou os amantes do esporte com uma das melhores temporadas de sua vida, para deixar os campos em grande destilo. Brandon Crawford teve a melhor temporada de sua vida, Brandon Belt viveu grandes momentos. A sensação era boa dentro e fora dos campos, culminando na melhor campanha da história da franquia em temporada regular, batendo também o recorde de Home Runs. Após uma temporada histórica, o que a equipe de Gabe Kapler precisa fazer para repetir a dose em 2022?

 

Consolidação de Logan Webb como Ace e consistência no montinho

O começo da década de 2010 foi bastante frutífera para San Francisco em termos de títulos. A grande base desses times sempre foram a força de seus arremessadores; nomes como Madison Bumgarner, Tim Lincecum, Matt Cain e Barry Zito foram essenciais em ao menos uma das conquistas. Com a passagem da era de ouro, a organização sofreu por anos com um fraco corpo de arremessadores. Em 2021, Kevin Gausman assinou um contrato de pouco mais de 20 milhões para ser o Ace dos Giants, ocupando o lugar que foi de Johnny Cueto nos anos passados. Com isso, a temporada se iniciaria com Gausman, Cueto, DeSclafani, Wood na rotação titular. Restando ainda, Sanchez e Webb brigando pela última vaga na rotação.

O montinho de San Francisco foi um dos melhores da liga em quase todos os quesitos; até o meio da temporada Kevin Gausman figurava entre um dos favoritos ao prêmio Cy Young. Anthony DeSclafani e Alex Wood se mantiveram fora dos grandes holofotes, porém, com um trabalho digno de aplausos. Já a temporada de Alex Sanchez foi brutalmente prejudicada por lesões e um desempenho inconstante, ocasionando seu afastamento da equipe principal, dando espaço a ascensão de Logan Webb, que iria terminar a temporada como Ace da franquia.

Após o all-star game, Logan Webb manteve um dos melhores ERA da liga no período, finalizando a temporada com 3.03, o melhor de sua carreira até então. A atuação de Webb nos playoffs foi magnânima, apenas uma corrida cedida e 17 strikeouts em 14.1 entradas. O arremessador de 25 anos dominou completamente os rebatedores do Dodgers nas duas partidas que jogou, chamando atenção de todo o mundo do beisebol.

Com isso, Webb figura como o favorito para abrir a temporada dos Giants e se consolidar como de fato, o Ace que os Giants tanto buscam. Grande parte do sucesso da temporada passa pelo braço do Poderoso Chefinho, como Logan Webb foi carinhosamente apelidado pela torcida aqui no brasil. DeSclafani e Wodd por sua vez estarão em um degrau acima do que começaram a última temporada. DeSclafani como segundo e Wood como terceiro da rotação. Com a saída de Johnny Cueto e Kevin Gausman, estavam abertos dois lugares na rotação. Uma das vagas foi preenchida pela chegada de Alex Cobb, que veio dos Angels com um ERA de 3.76, a outra segue em aberto.

 

Segurança do Bullpen

San Francisco Giants’ Tyler Rogers against the Milwaukee Brewers during a baseball game in San Francisco, Wednesday, Sept. 1, 2021. (AP Photo/Jeff Chiu)

Após ficar de fora dos playoffs de 2020 por constantes erros do bullpen, San Francisco conseguiu montar um excelente grupo para 2021. Os Giants se tornaram a segunda equipe na história da MLB a ter seis arremessadores de bullpen com menos de 3.00 de ERA com no mínimo 50 aparições, apenas dois desses jogadores estavam no elenco na temporada anterior. Camilo Doval e Jake McGee foram eleitos Reliever do mês na Conferência Nacional uma vez cada, porém, Tyler Rogers foi o grande nome desse bullpen.

Após ser considerado um dos grandes vilões da não ida aos playoffs em 2020, Tyler Rogers começou 2021 com certa desconfiança por parte da torcida. Porém, atuação após atuação, Rogers se mostrou um dos homens mais confiáveis da equipe de Gabe Kapler, tomando conta de todas as oitavas entradas, sendo o Reliever com mais partidas na MLB por dois anos consecutivos.

A receita para 2022 deverá ser a mesma, os bons braços de San Francisco com o comando inexorável de Gabe Kapler, sempre escolhendo os melhores confrontos possíveis. É possível ainda que alguns dos prospectos apareçam na grande liga nessa temporada, com destaque para R.J Dabovich, que era abridor até pouco tempo. Segundo os especialistas Dabovich tem a melhor bola rápida da organização e veio de uma excelente temporada, eliminando por strikeout 62 dos 127 rebatedores que enfrentou em 2021.

 

O retorno do Mike Yastrzemski de 2020

Mike Yastrzemski foi e ainda é um dos jogadores mais importantes da organização. Com números acima da média logo no seu ano de estreia, Yaz provou ser valioso desde seu primeiro ano na equipe. Na temporada de 2020 seus números foram espetaculares e sua atuação na defesa irrepreensível, terminando em 8º na corrida para MVP da Conferência Nacional. Contudo, o camisa 5 da baía de San Francisco teve um 2021 abaixo das expectativas, que eram bastante altas.

Não se deixe enganar, Mike Yastrzemski ainda assim teve uma temporada longe de ser um jogador ordinário. Rebateu 25 Home Runs, impulsionou 71 corridas e teve um OPS de .768, além de ser finalista na Luva de Ouro. O grande problema é que apesar disso tudo, ele não foi o Yaz que se esperava que fosse, o melhor jogador do time, líder de San Francisco. O que se viu foi pouca disciplina no bastão, com um grande número de Strikeouts e certa displicência nos swings. Nos playoffs, o outfielder teve 13 aparições no bastão e nenhum hit, sofrendo 4 strikeouts.

Com a aposentadoria de Buster Posey e saída de Kris Bryant, as esperanças se voltam para que Brandon Crawford, Brandon Belt e Mike Yastrzemski liderem as produções ofensivas. Portanto, grande parte do sucesso dos Giants em 2022 passa pelo bastão de um dos seus principais jogadores, onde estar na média não é o suficiente, San Francisco precisa do Yaz acima da média, como ele sempre foi.

 

O preciosismo de Gabe Kapler

Gabe Kapler depois de ser duramente criticado na temporada de 2020, veio para o último ano beirando a perfeição em suas escolhas. Kapler foi eleito Manager do ano na Conferência Nacional pelo trabalho que fez de levar o desacreditado Giants a melhor campanha geral da MLB e ao título de divisão. O técnico de San Francisco estabeleceu recordes e mais recordes na temporada que se passou; maior número de alterações em lineup, maior número de lineups usadas, maior número de Home Runs por Pinch Hitters, sem contar o gerenciamento de bullpen. Kapler sem dúvidas foi um dos maiores diferenciais na equipe, a constante evolução do seu trabalho é uma das maiores armas no arsenal dos Giants.

 

Bastão destro

Com a aposentadoria de Buster Posey e saída de Kris Bryant, os principais rebatedores de San Francisco são em sua maioria, canhotos. A busca por um destro traz a tona nomes com Nick Castellanos, Trevor Story e Seiya Suzuki.

 

Trevor Story

Trevor Story se torna agente livre pela primeira vez depois de seis temporadas com o Colorado Rockies, rival de divisão dos Giants. Apesar de jogar na mesma posição do melhor jogador de San Francisco – Brandon Crawford – Story desperta forte interesse na organização e o nome agrada os especialistas. Trevor Story poderia facilmente jogar na segunda base, o que seria bom para ele que vem de uma lesão no ombro e para os Giants, que tem o LaStella também voltando de uma lesão. O jogador de 29 anos também tem uma certa quantia de jogos na terceira base enquanto jogava nas ligas menores de Colorado. Sendo assim, poderia vir a ser a melhor opção entre os destros no mercado.

 

Nick Castellanos

Cincinnati Reds’ Nick Castellanos flips his bat after hitting a two-run home run during the third inning of the baseball game against the St. Louis Cardinals in Cincinnati, Thursday, April 1, 2021. (AP Photo/Aaron Doster)

Após ter a melhor temporada de sua vida, Nick Castellanos recusou a oferta do Cincinnati Reds e se tornou um agente livre. Por muito tempo antes do lockout, San Francisco figurou entre um dos favoritos para assinar com o Outfielder de 29 anos. Com a implementação do DH universal, Castellanos ganha um valor a mais nas negociações, podendo conseguir assim alguns anos a mais de contrato onde quer que vá. Não é tão versátil defensivamente quanto os outros dessa lista, mas talvez tenha o melhor bastão.

 

Seiya Suzuki

O japonês Seiya Suzuki desperta um grande interesse de quase toda a liga, mesmo sem nunca ter jogador sequer uma partida na MLB. Suzuki é uma sensação no beisebol japonês já tendo conquistado múltiplas Luvas de Ouro aos 27 anos. Caso o talento da joia japonesa se configure real na Major League, ele se torna a melhor opção disponível para os Giants. Seiya Suzuki se mostra bastante versátil na defesa, atuando no campo externo e em várias posições no campo interno, coisa que Gabe Kapler tira bastante proveito de seus jogadores que o fazem. San Francisco aparece entre um dos favoritos para assinar com o jogador, com os Mariners como principais concorrentes.

 

Último nome da rotação titular

Com a ida de Kevin Gausman para os Blue Jays, San Francisco tem um espaço vazio em sua rotação. Antes do começo do lockout, os Giants ainda não tinham uma rotação completa. Agora meses depois do começo da greve, a organização segue com uma incógnita entre os seus arremessadores titulares. A essa altura do campeonato grande parte dos melhores arremessadores disponíveis já assinaram os seus contratos, deixando Carlos Rondon e Yusei Kikuchi como as melhores escolhas para San Francisco no momento e se tornando a prioridade de Farhan Zaidi no primeiro momento em que for possível negociar contratos.

 

Brilho dos jovens

A última geração de prospectos de San Francisco rendeu nomes como Buster Posey, Madison Bumgarner, Brandon Crawford, Tim Lincecum, Pablo Sandoval, Brandon Belt e três World Series. Então, é normal que a nova safra desses jovens já tenham uma pressão extra embutida em suas jovens carreiras. Joey Bart é provavelmente quem mais sentiu essa pressão e de forma mais precoce, quando foi jogado aos leões na temporada de 2020 com apenas dois anos de ligas menores.

Com a aposentadoria inesperada de Buster Posey, Joey Bart terá menos tempo para amadurecer e deverá ser presença confirmada no elenco final da organização. Substituir um grande jogador decerto nunca é fácil, substituir um dos maiores ídolos da franquia e um futuro Hall da Fama é ainda mais complicado para qualquer um, ainda mais para um jovem prospecto. Fato é, Joey Bart em apenas três temporadas de ligas menores tem números bastante convincentes e mostrou que merece voltar a MLB, agora preparado para tal. Seria temerário esperar que Bart faça os números de um dos maiores receptores que o jogo já viu, mas as expectativas são boas para a sua primeira temporada completa pela organização.

Heliot Ramos é um dos nomes que devem pintar na MLB ao decorrer da temporada. O atlético Outfielder tem potência no bastão e explosão física na defesa e é um dos pilares do futuro da organização. Ramos ainda precisa de lapidações em sua disciplina de bastão e em sua defesa, mas é um imenso potencial que Gabe Kapler terá em mãos.

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