O Equilíbrio entre os Opostos – Resenha Crítica Pacers vs Bucks

O Equilíbrio entre os Opostos: A Vitória da Arte

 Cesare Pavese – escritor e poeta antifascista italiano – sentenciou: Toda a arte é um problema de equilíbrio entre dois opostos. Se o equilíbrio é, na vida pessoal ou numa quadra, uma competência comportamental que permite reconhecer a influência externa e controlar, isto implica conhecer a si próprio. Logo o raciocínio é simples: quem se conhece melhor toma ciência de suas forças e fraquezas, o que lhe dá a oportunidade de aperfeiçoamento e correção das falhas. Não sabemos quanto, mas essa vitória deu a entender que os Bucks estão conhecendo melhor o seu elenco.

O Jogo em Si:

O diferencial maior dessa para as duas últimas partidas foi a presença de Thanasis como Center. Giannis voltou a sua posição original. Giannis retomou seu bom jogo. No 1°Q tivemos um resumo do que seria a partida. Os Pacers arremessando de todos os lados da quadra e principalmente do perímetros, vs. um Bucks muito forte no garrafão – e com a ausência de Brook Lopez.

Giannis fez um ótimo trabalho na área pintada, distribuiu a bola quando precisou e ainda comandou a equipe defensivamente. Os Bucks não foram excepcionais no ataque, mas jogaram sem exageros, com inteligência. Pela primeira vez pudemos vislumbrar alguma profundidade no banco da equipe de Milwaukee, tanto que o técnico Budholzer criou diversas rotações e usufruiu de várias formas do elenco de Milwaukee.

Aprofundando a análise citada mais acima, o campeão da NBA foi consistente fez um jogo seguro. Os Pacers exploraram demais a bola tripla, e enquanto isso do outro lado o Milwaukee usou de vários screens, pick n pop, pick n roll e post-up para adentrar a área pintada CENTENA de vezes.

Apesar do bom jogo os cervos também tiveram dificuldades. O time sentiu dificuldades em dominar a estática de rebotes boa parte do jogo.

Equilíbrio emocional:

Diferente das outras partidas, vimos um Milwaukee e cometendo poucos turnovers. Foi apenas 1 no 1°Q, e 7 ao fim do jogo. Na defesa a baixa foi Sandro Mamu – que inclusive foi dispensado do elenco principal. No final do segundo quarto os Bucks tinham boa vantagem e Mamu entrou em quadra. Horroroso.

O pobre Pacers que sequer conseguia entrar no garrafão começou a amassar os Bucks e diminuíram a vantagem 11 para 3 pontos. Ainda assim, no geral, o Milwaukee foi bem individualmente. Boa estreia de Rodney Hood. Não comprometeu a defesa e fez o feijão com arroz no ataque. Giannis jogou como MVP e Khris foi consistente no ataque. Nwora fez um ótimo trabalho servindo de ajuda em momentos defensivos, contribuindo nos rebotes e performando boa defesa no mano x mano.

No terceiro quarto a história permaneceu a mesma. Pacers basicamente construindo seu jogo do perímetro com dificuldades em ser efetivo no garrafão, e o time do Wisconsin explorando o time do Indiana no garrafão, na transição rápida e nos arremessos de quadra.

Os Bucks tinham ao final do 3°Q: 50 pontos na área pintada, 20 de contra ataque e 13 de turnovers gerados pelo Indiana. A agressividade do Milwaukee foi tamanha que tiveram o DOBRO de lances livres convertidos.

O último quarto foi nervoso, mas naturalmente o Milwaukee manteve a vantagem e venceu.

Resumo – Enceramento:

Quando citei “opostos”, referia-me a “defesa e ataque”. Nisto, o controle emocional dos Bucks alinhado a seu jogo coletivo em equipe trouxeram sua vitória mais tranquila e equilibrada até agora. Os Bucks fizeram prevalecer suas qualidades, enfrentou um time que fez um bom jogo dentro das suas possibilidades, e mesmo assim não se desesperou, construiu a vitória e teve poucos destaques negativos.

Que o equilíbrio surja e o Milwaukee Bucks produza seu basquete – ou melhor… – sua obra de arte em quadra.

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