Redskins: Impressões de meio de temporada de um torcedor quase acéfalo

 

Este ano tem, para mim, um marco no meu acompanhamento do futebol americano e da minha franquia favorita, os Washington Redskins, já que venho acompanhando a temporada de um modo particular, tentando colaborar com o pessoal que vem fazendo este excelente site.

Obviamente, não poderia deixar passar a oportunidade de compartilhar pensamentos aleatórios sobre os peles-vermelhas de Washington neste meio de temporada da franquia – pois agora que fizemos oito jogos, face à semana de bye -, um time que está me dando esperança de dias melhores pela frente.

Tivemos um início de 2017 com um misto de decepção e esperança: não valorizamos devidamente nosso quarterback na intertemporada, então jogamos com ele em um contrato de um ano e franchise tag, mas fizemos um draft próximo à perfeição, com a adição de excelentes peças para a franquia; nosso safety que seria o responsável pela defesa contra tight ends, nosso calcanhar de aquiles na temporada de 2016, por problemas pessoais resolveu não atuar na temporada – sim, Su’a Cravens -, mas fizemos excelentes adições na free agency; tivemos lesão na pré-temporada de nosso titular para o há muito vago cargo de nose tackle – Phil Taylor -, mas contratamos o melhor técnico de linha defensiva disponível, e top 3 da NFL, Jim Tomsula.  E fomos para a temporada da NFL com bastante esperança.

E a primeira metade da temporada nos mostrou mais fatos “uma no cravo, uma na ferradura”: perdemos dos Eagles duas vezes, o que não ocorria há bastante tempo, mas mostramos evolução em nossa linha ofensiva desde o primeiro jogo, apagando as impressões da pré-temporada; nossa linha ofensiva, a partir do jogo 2, começou a fazer valer o fato de ser uma das melhores da NFL, mas ficamos tão afogados por lesões que chegamos ao cúmulo de jogar sem quatro titulares e dois reservas de linha importantes no jogo da semana 9; nossa defesa, especialmente nossa linha defensiva, deu um salto de qualidade gigantesco da temporada anterior para esta, mas perdemos o elemento disruptor principal da linha, nosso steal do draft Jonathan Allen, ao menos até a semana 14 da temporada;  lesões de peças importantes nos assolaram de forma que nunca tinha visto dantes, mas o draft e as contratações da intertemporada deram parcialmente conta do recado.  Nosso recorde da temporada, com tantos altos e baixos, reflete exatamente isso: estamos com quatro vitórias e quatro derrotas.

Tentei me ater apenas aos fatos principais e, como eu queria demonstrar, não é só o desempenho em campo que faz com que possamos ter vitórias na temporada, mas sim também vários outros fatores, intra e extracampo.  Mas a impressão, até agora, é positiva.

E por que é positiva? Porque vários desses fatores intra e extracampo são decorrentes da interferência do “Imponderável de Almeida”, figura notória do jornalista Nelson Rodrigues utilizada para explicar fatos inexplicáveis, ou decorrentes de sorte ou azar.  E, mesmo com o douto I.A. fazendo das suas com nosso roster, especialmente quanto a lesões, o time vem se segurando como uma defesa bastante física e potente e com um ataque que, mesmo com as lesões, vem conseguindo colocar pontos no placar, com nosso “Kurt Primos” melhorando a cada jogo, com um corpo de wide receivers que, apesar de inferior ao ano passado, vem subindo de produção de forma paulatina mas constante.

 

E a esperança se renova.  Se tínhamos uma carência de ídolos wide receivers, Josh Doctson já tem ao menos duas recepções no ano que podem se encaixar como fora de série; se tínhamos problemas com as lesões de Jordan Reed, Vernon Davis vem mostrando que o amor advindo da torcida pela franquia desde criança vem superando a idade.  Nossa secundária, com ou sem seu maior destaque, Josh Norman, vem se firmando com interceptações, com a subida de produção de Kendall Fuller no slot – que ano passado foi conhecido como a torrada da defesa –, com Montae Nicholson se tornando um safety extremamente físico e capaz de vigiar o fundo do campo com extrema atleticidade, com Quinton Dunbar – que segundo Gruden o surpreendeu, porque era um péssimo WR – e Fabian Moreau surpreendendo positivamente.

Nosso corpo de linebackers, com a adição do ótimo Zach Brown, tem se mostrado cada vez melhor, tanto na ajuda no combate ao jogo corrido como na parada dos ataques adversários, e nossa linha defensiva, este ano, cheia de lesões, é digna de erguermos uma estátua para Jim Tomsula.

Só perdemos para os Cowboys como um time “mais ou menos”.  Nossas outras derrotas foram sempre para times muito mais bem ranqueados em power rankings: Eagles, atualmente o melhor time da NFL, e Chiefs, que tiveram um começo devastador.

Vamos nos classificar?  Nem Deus sabe, porque ele não se importa com o futebol americano.  Mas a esperança de que vençamos cinco ou seis dos próximos oito jogos continua lá.  Inabalável, qual Touro Sentado cercando o exército do imbecil General Custer.  E vamos assim: até a próxima vitória, até a próxima derrota, somos sempre o time a ser batido – não importa com quem joguemos.  E é por isso que sou um torcedor acéfalo: sou um torcedor pele-vermelha até o último fio de meus já parcos cabelos.

É isso.

#HTTR

 

 

Texto por Antonio Cruz

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