Análises do Draft 2022 : Drake London

Os três primeiros recebedores que fizemos texto estavam no Combine e já vimos questões de jogo e físicas e temos os últimos dois pra primeira prateleira que precisaremos ter um pouco mais de calma mas esse com uma situação melhor. Drake London passou a semana passada no Combine em Indianápolis mqs optou por não participar dos treinos em 23 de março, mas participou de reuniões com equipes e sessões de mídia com repórteres.

London sofreu uma lesão no tornozelo durante a temporada de 2021 em USC e está no caminho da recuperação desde o final de outubro. Dan Graziano da ESPN, relata que o processo de ‘reabilitação’ de Londres está indo bem, mas ele quer se dar o máximo de tempo possível antes de trabalhar para as equipes já que já diz que está recuperado em torno de 85%. Espera-se que London realize seu próprio Pro Day dia 5 de abril e só não está claro neste momento se ele vai correr a corrida de 40 jardas.

Mesmo assim temos muito tape principalmente da última temporada para desfrutar de um dos melhores nomes desse próximo Draft para a posição.

DRAKE LONDON – USC

London foi listado como um 6’3 ou especificamente um cara de 1,90m de altura mas já foi um primeiro impacto porque nas melhores hipóteses falavam de 6’5 por exemplo mas em peso ele praticamente chegou a casa dos 100kg na última medição. Ele é mais um dos atletas que sempre esteve inserido em vários cenários tal como ele também foi um jogador de basquete até o fim da High School, ele é um excelente atleta no que diz respeito à capacidade de salto, controle corporal e agilidade para um grande receptor. No jogo de corrida, ele tem potencial para ser um bloqueador de corrida dominante devido à sua resistência, comprimento e espírito competitivo. É até questionável ele ser o melhor corredor de rotas dessa classe mas nem tudo também se mantém como algo absurdamente bom e aqui vamos falaremos.

Me questiono sobre ele ser um corredor de rota elite aqui nessa disputa de nomes por algumas questões, ele tem bastante responsabilidade com o caminho a percorrer mas existe muita criatividade por trás, utiliza muitas alternativas para se ganhar vantagem. Aqui não vemos uma velocidade das melhores da classe para criar separação mas em rotas intermediárias ele consegue obter pelo simplesmente fato de ser lúcido demais e existir essa criatividade junto. Seu lado físico também o ajuda a enfrentar cornerbacks menores do que ele, alguém que sabe usar sua vantagem corporal.

O que diferencia London é o controle do corpo, o trabalho de pés e a rapidez em áreas curtas, ele não vai vencer os 100 metros rasos, mas onde ele vai se destacar é nos primeiros cinco a dez jardas, seu primeiro passo é explosivo e cobre o terreno, muitas vezes colocando os defensores em desvantagem imediata e daí ele é capaz de atingir sua velocidade máxima em apenas alguns passos. Todos pensam que ele não é um bom separador devido à sua grande estrutura mas o tape já mostra que não existe essa insegurança, único momento que existe um caso negativo por causa disso é em sua velocidade lateral onde é bem mediana pelo caso do físico eu achei. As jardas após essa recepção são um fruto bom do seu jogo primeiramente quando London recebe a bola, muitas vezes ele coloca os pés com direcionamento certo sempre em imediato para que possa fazer um movimento imediatamente e começar a ganhar jardas após a recepção, o que ajuda a parecer mais atlético. Enquanto os oponentes estão tentando lidar com sua agilidade, London usará seu braço de fora da bola para proteção do corpo. Ele se tornou indiscutivelmente o melhor recebedor da classe em forçar tackles perdidos.

 

Apesar de operar principalmente nas áreas curtas e intermediárias do campo, London teve uma média de 3,52 jardas por rota na temporada passada, de acordo com a Pro Football Focus. Dos seus 25 melhores recebedores na classe de draft, apenas Treylon Burks do Arkansas (3,57) e Wan’Dale Robinson do Kentucky (3,56) tiveram uma pontuação maior do que London. Ele tem mãos fortes para garantir a bola em situações de recepção com disputa pelo alto, ele faz um excelente trabalho contorcendo seu corpo para pegar arremessos fora do alvo junto a um bom rastreamento desse lançamento, aqui a disputa é muito acirrada nessas características com o Garrett Wilson. Existe um vício bastante ruim, devido a ele tentar configurar a jogada já pensando no pós recepção ele não mantém a todo momento as vezes seu olhar para a bola, isso ocasiona muitos drops.

Para a área de bloqueios as vezes a gente não encontra nem esforço do jogador e isso já se coloca como uma culpa própria mas aqui não existe esforço e ser acionado em diversas áreas do campo para tentar obter ajuda mas seu bloqueio é muito inconsistente, é mais um WR dessa classe que vai ser preciso bastante trabalho, em seus pés em movimentos e colocação das mãos na parte superior do corpo adversário entre outras questões.

 

 

 

 

Ele opera como um alvo de alto volume e tem experiência tanto no slot ou como não estando nele, aqui o encaixe é outro que eu gosto, London é adequado para jogar em um ataque que quer tirar a bola das mãos do quarterback rapidamente, ele se destaca em rotas de engate e stick, sendo também uma opção viável nas rotas de fade e stop. Todos os conceitos principalmente os de play action que Kevin Stefanski tanto gosta ele obtem bons exemplos de funcionar neles. A preocupação imediata que vem à mente com London e os Browns é o espaçamento. É uma área onde os Browns têm lutado muito nos últimos tempos.

Drake London tem mais em seu jogo do que você pensa inicialmente, dado seu tamanho. Ele é capaz de executar uma árvore de rotas variada que lhe pede para desacelerar, o que é ainda mais impressionante devido ao seu grande porte, onde ele tem velocidade suficiente para ameaçar os defensores verticalmente, mas é capaz de afundar e ficar firme em suas quebras de rota contra marcações individuais Sua capacidade de controlar suas rotas o torna uma arma mais válida em rotas do que apenas arremessos nas costas, onde ele sobrecarrega os defensores com seu tamanho, o que ele também pode fazer. No geral, o tamanho, o atletismo e a capacidade de corrida de London o projeta a estar na primeira rodada e a minha aposta é que ele seja um dos três primeiros recebedores escolhidos nesse Draft 2022.

 

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