Análise para a pós-temporada: Washington Football Team

Com o início dos playoffs da NFL, é hora de analisarmos os classificados e suas reais chances. Hoje, o destaque é o campeão da NFC East, vencida pelo Washington Football Team mesmo com campanha negativa. Sendo assim, o que esperar do time sem nome?

A temporada regular do Football Team

Chase Young
photo: Alexander Jonesi/NFL

Após recrutar Chase Young e sua indiscutível capacidade de pressionar QBs, Washington esperava uma imediata melhora defensiva. E de fato, Young foi crucial na evolução defensiva do time, ele foi responsável por quatro dos dezessete fumbles forçados neste ano, além de recuperar três de um total de sete do time.

Contudo, o rookie não jogou sozinho, Jon Bostic liderou a equipe em tackles (118) e foi o quinto jogador que mais fez sacks no time, com três por jogo. Além destes números individuais, vale ressaltar a evolução da equipe em tackles para a perda de jardas e em jardas “roubadas” nesses momentos, subindo de 88 para 94.5 e de 270 para 325, respectivamente.

Já na secundária, os conerbacks Ronald Darby e Kendall Fuller fizeram um bom trabalho, sendo o primeiro líder do time em passes desviados (16) e o segundo em interceptações (4). O número total nesses aspectos também evoluiu do ano passado para cá, pulando de treze para dezesseis interceptações e de 52 para 66 passes desviados.

E fechando alguns números dessa defesa, em 2019 o time não fez nenhum TD a partir de interceptação ou fumble forçado, já neste ano totalizaram três. Desses, dois partiram de pick six e um após um FF. Não que a defesa seja um primor ou uma das potências da liga, mas a melhora em relação a temporada anterior é grande e com certeza contribuiu para a classificação.

Ataque

No ataque, o destaque é o ótimo WR Terry McLaurin, com 1.118 jardas de recepção. O atleta, draftado em 2019 tem quase o dobro do número do TE Logan Thomas, segundo no quesito. Já nos TDs foram quatro e seis, respectivamente.

Os jogadores sobraram nas estatísticas e na eficiência em relação aos outros alvos da equipe. Ainda sim, a melhora foi grande em comparação a 2019, já que o segundo melhor recebedor da última temporada foi o RB Chris Thompson (378), e neste ano, três jogadores, além de McLaurin, tiveram mais do que 378 jardas. Outra melhora significativa no time foi nas jardas após a recepção, onde Washington saltou de 1454 para 2175, uma melhora de quase 50%.

Além disso, o jogo corrido também melhorou. Antonio Gibson correu 795 jardas, com uma boa média de 4.7 por tentativa. O total de jardas corridas também cresceu, de 1.583 para 1.611. Os corredores foram mais eficientes, elevando o número de firstdowns de 74 para 108, em relação a 2019. O número total de TDs correndo literalmente dobrou de nove para dezoito, e os corredores cuidaram melhor da bola, diminuindo o número de fumbles de sete para apenas três. Entretanto, as boas opções não são tantas assim.

A equipe chegou a ficar com recorde de 2-6, mas, mesmo assim seguiu em frente, muito devido ao desempenho patético do resto da divisão, além claro do polêmico último jogo contra os Eagles. Porém, a grande história do ano para Washington Football Team tem nome: Alex Smith.

Alex Smith

Depois de correr risco de vida e de quase perder a perna, o QB estava de volta ao elenco do time, mesmo que muitos acreditassem que ele nem entraria em campo. Contudo, as atuações fracas de Dwayne Haskins e seu comportamento fora de campo o tiraram a titularidade, posteriormente culminando em sua dispensa. Seu reserva imediato Kyle Allen, igualmente medíocre, não agradou em nada, proporcionando ao mundo uma das melhores histórias de recuperação de um atleta.

O veterano retornou, liderou o time em campo e fora dele para uma classificação improvável, lançando seis TDs em seus oito jogos disputados, incluindo dois na última e decisiva partida. Independe do que acontecer na pós-temporada, Alex Smith é um vencedor e, sem sombra de dúvida, vencerá o prêmio de Comeback Player of the Year.

O que esperar nos Playoffs

Alex Smith
Foto: Reprodução/NFL

O time da capital vai encarar o Tampa Bay Buccaneers, de Tom Brady e companhia. Uma classificação é muito improvável, por mais que Tampa esteja a 12 anos longe da pós-temporada. Isso é quase anulado se olharmos para a quantidade de títulos e as vitórias de Brady em playoffs. Mas, para operar o milagre, Washington precisará ser perfeito na defesa, pressionar o QB adversário em todo snap, sem exceção, para quem sabe ter uma chance. Brady passou para 40 Tds no ano com rating superior a 100. Entretanto, lançou 12 interceptações e, já não é de hoje, que tem cometido muitos erros sob pressão.

Este é o caminho para o time: tentar amassar o QB adversário e cuidar bem da bola, coisa que sempre foi uma das especialidades de Alex Smith. Assim sendo, mesmo que as chances sejam poucas, não há mais ninguém que duvide que o QB do Washington Football Team possa realizar um milagre.

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