Com o anúncio da aposentadoria de Eli Manning, voltou a pipocar aquela dúvida que sempre vem a tona com as aposentadorias de jogadores importantes: ele merece estar no Hall da Fama?
Os argumentos contrários sempre são os mesmos. Um aproveitamento mediano, um índice alto de interceptações e uma carreira não muito feliz em temporadas regulares. De fato, esses dados não jogam a favor do quarterback.
A verdade é que todos esses argumentos, apesar de serem muito válidos, não são o suficiente para fazer um jogador não entrar no Hall da Fama. Existem muitos quarterbacks que já estão lá com números tão ruins do que o próprio Eli. Os números não são tudo na NFL e contextos são muito importantes.
Eli Manning merece estar no Hall da Fama. Sim, ele não foi o quarterback mais talentoso de seu tempo, não é nem de perto o mais talentoso de sua família e já não estava jogando tão bem como poderia. Mas ele foi um jogador decisivo em uma das maiores franquias do mundo. Ele venceu dois super bowls sendo um jogador decisivo e certeiro. Tem três viradas em pós temporada e é, sem duvida, o rosto do New York Giants no século XXI até aqui.
Manning também se mostrou um jogador de último quarto: em 2011, teve 15 touchdowns nos últimos quartos. No mesmo ano, teve oito campanhas vitoriosas, um recorde. É o que os americanos gostam de chamar de clutch.
Eli parece ter vivido a carreira com a sombra de seu irmão sempre na cola, o que foi muito cruel com ele. Mesmo assim, soube ter personalidade e se mostrou um grande personagem da liga nos seus 16 anos de carreira. Por tudo o que fez, Eli Manning merece, sim, ser eternizado.