Redskins e o front office: análise quase acéfala do plano para os anos vindouros

Ráu, galera pele-vermelha! Nosso bom início de temporada, ganhando jogos apertados, fizeram com que eu mudasse o foco deste meu artigo. Escrito e reescrito algumas vezes, por sinal, trata de um assunto que vejo alguma importância. Será que estamos em modo “win now”? Temos um plano?  Finalmente? Será que Bruce Allen foi mesmo incorporado pelo espírito de Charley Casserly, nosso GM que nos levou ao título da temporada de 1991? Vamos tentar responder essas questões neste artigo sobre o Redskins e o front office.

REDSKINS E O FRONT OFFICE

COMISSÃO TÉCNICA

Desde a contratação de Scott McCoughan em 2015, percebe-se que os Redskins compraram um plano para voltar às cabeças da NFL. Plano este baseado no entendimento de que a montagem de um time da NFL deve ser pelo draft. Por exemplo, um bom roster de suporte pode levar um QB médio e não tão caro a se destacar e ganhar jogos de football.

Este plano vem sido seguido à risca, mesmo com a demissão de Scot em 2016. Com Scot, vieram contratações importantes na comissão técnica. Bill Calahan, em 2015, técnico de linha ofensiva que montou a OL de Dallas. Jim Tomsula, em 2016, técnico de linha defensiva dos 49ers. De tão bom seu trabalho, foi alçado indevidamente a head coach de San Francisco em 2015.

Além disso, em 2017, contratamos Torrian Gray, o que elevou imediatamente o nível de nossos defensive backs. Continuamos adaptando nosso coaching staff, especialmente com a demissão do DC Joe “0-16” Barry em 2016.

ESTRATÉGIAS DE DRAFT

Nosso trabalho de draft, desde 2015, não tem sido brilhante nas escolhas intermediárias, mas no geral tem sido melhor que a média da NFL. Não, não vou postar estatísticas, mas vou falar que para cada Matt Jones há um Jamison Crowder. E para cada Su’a Cravens, há um Matt Ioannidis, com defensive backs escolhidos em escolhas tardias sendo o ponto mais brilhante destes drafts. Há de se aplaudir os scouts e Torrian Gray nisso.

Desde 2015, temos ainda no elenco, das 38 escolhas que tivemos, 26 no elenco. Contando, obviamente, os casos na Injury Reserve List. Teríamos mais, caso o imponderável de almeida não tivesse nos limado o possível maior steal escolhido no draft de 2015 (Kyshoen Jarrett, com lesão no pescoço).

ATUAÇÃO PONTUAL NA INTERTEMPORADA

Graças ao bom Gerônimo, demos adeus ao splash (Haynesworth feelings) para uma atuação inteligente na intertemporada.  Josh Norman é nossa única contratação “pesada” desde 2015, mas tem tido um bom custo-benefício.  Alex Smith enquadra-se no “bom o suficiente” e barato que escrevi acima. As contratações de DJ Swearinger, Zach Brown, Vernon Davis e Paul Richardson também se enquadram neste plano. Montagem de um elenco melhor e sem grande utilização de cap, que possa ganhar jogos independentemente do QB.

Renovações de contratos também têm sido bem feitas. Mason Foster, Ryan Kerrigan, Morgan Moses, Trent Williams, Cris Thompson, todos têm uma função definida e tiveram seus contratos estendidos. Eric Schaffer, a quem me refiro diretamente como “mago dos contratos”, vem fazendo um bom trabalho. Juntamente a Doug Williams, com um poder para contratação e trocas que não se esperava sair da mesa de nosso presidente-imbecil.

Aliás, um adendo advindo da janela de trocas: HaHa Clinton-Dix, o terceiro melhor safety da temporada 2018 da NFL pelo PFF, veio ao elenco por uma escolha de 4ª rodada. Já que estamos em uma temporada onde nossos planos para 2019 acabaram de ser um pouco adiantados.

redskins e o front office
Safety Haha Clinton-Dix #20 na sua partida de estreia pelo Redskins, com os novos companheiros de equipe

WIN NOW E ALL IN

E chegamos ao ponto que queria para responder as questões lançadas acima: estamos em modo “win now”?  Para mim, a resposta é: ainda não.

Olhando todas as movimentações desde 2015 e a estrutura dos contratos feitos, vemos que a janela para o win now foi feita para que possamos, em 2019, fazermos contratações de peso. Com a contratação de Alex Smith neste 2018, poderemos no segundo ano de nosso QB, adaptado ao playbook de Jay Gruden, tentarmos o Super Bowl.

O que ocorreu foi que, felizmente, nossas movimentações de elenco se encaixaram de uma forma bastante interessante. Com a ajuda de um QB que potencializa a possibilidade de vitórias, pois não cede fáceis turnovers para nossos adversários.  A contratação de HaHa decorre não de uma mentalidade win now, mas de uma movimentação que pôde ser feita durante este ano e ajudar uma eventual ida aos playoffs até, pelo menos, o divisional round.

Não estamos penhorando a franquia, como Philadelphia e os Rams, por exemplo, que estão em modo all in. Estamos facilitando nossa vida no ano que vem, quando teremos, inclusive, provavelmente quatro escolhas compensatórias de draft.

Win now, por outro lado, é diferente de all in. O que espero que não mais façamos, por conta da melhora de nosso front office. Charley Casserly deve estar aplaudindo e numa máquina mandando boas vibrações para Dan Snyder e Bruce Allen.

CONCLUSÃO

Em suma, desde 1999, quando Dan Snyder comprou a franquia, eu cravo neste momento: graças a Gerônimo, temos um plano para a franquia – que não foi elaborado pelo Cebolinha…

E é isso: viva Gerônimo e que Touro Sentado continue zelando por nós.

#HTTR
#EuSouRedskins

texto por Antonio Cruz (tt: @fredericopisto1)
revisão por Diogo Miranda (tt: @diogoniiiii)

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“Hail to the Redskins, hail victory! Braves on the warpath, fight for old D.C.!”

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